Questionamento e denúncias dos moradores levou a Câmara a promover uma reunião com os técnicos da Cesan e secretário de Meio Ambiente
Depois de uma reunião com os técnicos da Cesan, os vereadores concluíram que um dos maiores desafios para o sistema de tratamento de esgoto de Venda Nova é retirar os resíduos sólidos da lagoa desativada. Eduardo Viváqua, técnico de saneamento da Cesan, falou das exigências do Iema e explicou também que o esgoto não é devolvido à natureza in natura.
O assunto foi parar na tribuna a semana passada e os vereadores marcaram a reunião para manhã da última segunda-feira, dia 19. Eduardo explicou que a nova Estação de Tratamento de Esgoto- ETE não está pronta e esbarra em problemas de ordem burocrática. Mesmo não operando em 100% de sua capacidade técnica, Eduardo afirma que o esgoto é devolvido para o rio com 50% do tratamento efetuado. "A meta é 80%, que é excelente, deveremos alcançar assim que completarem os 90 dias de prazo para operação de sua totalidade". O prazo termina no início de janeiro.
O técnico explica que o mau cheiro continua devido a falta de oxigênio, o que só será garantido com o funcionamento pleno do sistema. Na manhã da última terça-feira, ele coletou amostras do esgoto in natura e depois de processado para análise. O resultado sairá em cinco dias para atestar a eficiência do sistema. Quanto aos transbordamentos dos dias anteriores, Viváqua informou que houve um erro no projeto e um pequeno acerto eliminou esse risco.
Perigo
Para o técnico da Cesan, o perigo que ronda o sistema é outro. O projeto de urbanização da área ainda não foi iniciado e o local não está isolado. "Um acidente em um dos tanques pode ser fatal". O presidente da Câmara, o vereador Marco Grillo- PSDB, disse querer urgência na solução deste problema. "Temos de acabar com o acesso o mais rápido possível, nem que seja com uma cerca alternativa, até que o projeto de urbanização não fique pronto".
Grillo disse que a Câmara vai trabalhar para acelerar o funcionamento da nova estação. "Para poder responder às duvidas da população, o primeiro passo foi marcar uma reunião e ficar a par da situação. Agora vamos tentar junto aos órgãos competentes agilizar os trâmites burocráticos".
Henrique Lorenção, secretário de Meio Ambiente, também prometeu empenho. "Vamos unir esforços com a Caixa Econômica, a própria Prefeitura, Cesan e Iema para chegar a um consenso”.
Na tribuna
O assunto voltou a ser tema de debate na última sessão, dia 20. Alberto Falqueto- PDT comentou que o problema está longe de acabar. É que uma nova resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente- Conama faz uma série de exigências, que para o vereador são de primeiro mundo e não se aplica à nossa realidade. O transporte deste material para um aterro sanitário deve custar aos cofres públicos até R$ 150 mil.
Quanto ao problema das ligações de calhas de água à rede coletora, Falqueto sugere penalidades. Ainda existem os que jogam o esgoto diretamente no rio só para não pagar taxa. Contra este mau comportamento.
Grillo também compreendeu que a mudança do sistema é um processo e se disse mais tranqüilo depois da reunião pelas informações recebidas. Quanto ao problema da ligação de águas pluviais no sistema, o vereador anunciou uma boa notícia: a Prefeitura contratou um coordenador para atuar nesta área que fará um levantamento de imóvel em imóvel.
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