Brucelose traz riscos à saúde humana e prejuízos à fazenda

Saiba mais sobre a doença e a importância da vacinação.

09 de junho de 2020 às 00h00.

Na última Sessão Ordinária, os Vereadores ressaltaram a necessidade do cuidado com a Brucelose. Responsável por perdas significativas nos rebanhos bovinos e por oferecer grandes riscos à saúde humana, a brucelose bovina é uma zoonose que exige atenção por parte de produtores, veterinários, técnicos e trabalhadores rurais.

 

Sobre a doença

A brucelose é causada pela bactéria brucella abortus. Ela é um problema de saúde pública e econômico para a propriedade rural que tem prevalência elevada. A zoonose é uma doença reprodutiva que diminui os índices de prenhez no rebanho e a produção de bezerros, gerando prejuízos à bovinocultura de corte e de leite, já que causa abortos no terço final de gestação, nascimento de bezerros fracos, prematuros (que nascem e morrem em até 24 horas) e retenção de placenta, que acaba causando pus e infecção uterina (o que pode levar à infertilidade temporária ou permanente das fêmeas). A brucelose tem uma ocorrência três vezes maior, em média, nas propriedades de corte e surge com mais frequência em propriedades com maior quantidade de animais.

A forma de contaminação do gado é pela via oral. O local de aborto de uma vaca contaminada, por exemplo, pode abrigar a bactéria por até oito meses. Se outra fêmea comer o capim daquele local específico, ela terá um grande risco de contrair a doença e continuar a disseminá-la pela propriedade. É importante que os produtores façam o exame nas fêmeas, para identificar as positivas e fazer o descarte desses animais, que têm que ser enviados para o frigorífico. Se essa carcaça não apresentar as lesões características da brucelose, ela é liberada para o consumo in natura. A carcaça da fêmea com brucelose não representa um risco de transmissão da doença para o ser humano.

A zoonose pode ser transmitida aos humanos por meio do contato com secreções que contenham a bactéria, como a placenta ou o leite de animais infectados. Entre os sintomas iniciais estão dores de cabeça e na nuca, febre alta e intermitente, cansaço e fadiga. Após duas ou três semanas, a doença pode piorar e atacar articulações ou o sistema nervoso central, causando neurastenia, depressão, insônia, impotência sexual. Ela é uma doença severa para o ser humano.

 

Como prevenir a Brucelose na Pecuária Leiteira?

O controle e prevenção da brucelose bovina está diretamente ligado a:

  • Vacinação de fêmeas;
  • Diagnóstico e sacrifício dos animais positivos.

Vacinação:

Existem no mercado duas vacinas para o controle da brucelose: B19 e RB51. A vacina B19 é obrigatória para bezerras entre 3 e 8 meses de idade. Fêmeas vacinadas com idade superior a 8 meses, podem apresentar produção de anticorpos que perdurem e interfiram no diagnóstico da doença após os 24 meses. Ou seja, um animal não infectado poderá apresentar resultado positivo no teste diagnóstico. Quando a bezerra é vacinada antes de completar os 8 meses, a concentração de anticorpos estimulados pela vacinação reduz rapidamente e os animais acima de 24 meses são totalmente negativos nos testes sorológicos. Machos não devem ser vacinados.

Já a RB51, apesar de possuir característica de proteção semelhante à B19, não induz a formação de anticorpos aglutinantes e com isso não interfere no diagnóstico sorológico da doença. Esta característica permite que, no Brasil, seja empregada na vacinação estratégica de fêmeas adultas na pecuária leiteira.

Diagnóstico e sacrifício de animais positivos:

Para diagnóstico da brucelose bovina os testes mais recomendados são o Teste de Soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e o 2-Mercaptoetanol (2-ME). O material utilizado para os dois testes são amostras de soro sanguíneo.

O AAT deve ser realizado por um médico veterinário habilitado e trata-se de um teste individual de triagem que indicará com certeza apenas os animais que são negativos (não reagentes no teste). Os animais que apresentarem reação deverão ter suas amostras encaminhadas para o teste confirmatório (2-ME) em laboratório credenciado. O resultado positivo no 2-ME indica presença de infecção e os animais com este resultado deverão ser sacrificados. Há possibilidade de o resultado ser inconclusivo e, neste caso, o animal deverá ser testado novamente no 2-ME. Na ocorrência de dois resultados inconclusivos no 2-ME também deverá ser realizado o sacrifício do animal. Animais reagentes no AAT, de acordo com a conduta do médico veterinário, poderão já ser sacrificados sem a necessidade de confirmação. É importante lembrar que animais submetidos a estes testes no intervalo de 15 dias antes até 15 dias depois do parto deverão ser retestados entre 30 e 60 dias após o parto, pois a queda de imunidade neste período pode influenciar no resultado dos testes.

Outros testes como o Teste do Anel do Leite (TAL) e Fixação do Complemento (FC) são menos utilizados e poderão ser indicados em algumas situações específicas.

 

Com informação da Empraba e Rehagro

Acompanhe a Câmara

Receba novidades por e-mail ou siga nossas redes sociais

  • Ícone do Youtube
  • Ícone do Facebook
  • Ícone do Instagram
  • Ícone do Twitter

Atendimento ao Público

De segunda à sexta, das 12h às 18h

Telefone

(28) 3546-0074

WhatsApp
(28) 99946-1818

Sessões Plenárias

Todas as terças-feiras 19h

Endereço

Av. Evandi Américo Comarella, nº 385 - 4º andar Venda Nova do Imigrante – ES - CEP: 29375-000

Localização

Copyright © Câmara Municipal de Venda Nova do Imigrante. Todos os direitos reservados.

Logo da

Política de Privacidade

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com as condições contidas nela.