Esgoto em Venda Nova continua preocupante

Câmara promoveu audiência pública semana passada e resultado repercutiu nos comentários dos vereadores na última sessão

21 de novembro de 2008 às 00h00.

A sessão de terça-feira foi a primeira depois da audiência pública com a presença da Companhia Espírito-santense de Saneamento- Cesan promovida pela Câmara, no dia 11 de novembro, portanto, a primeira oportunidade dos vereadores se manifestarem publicamente sobre o resultado do debate. O vereador Alberto Falqueto- PDT foi o primeiro a se manifestar na tribuna. Ele considerou que teve pouco resultado prático.

Durante a audiência pública, a Cesan anunciou que em breve a Estação de Tratamento de Esgoto- ETE de Venda Nova vai parar durante 20 dias. A paralisação será para as obras de ajuste que vão melhorar a capacidade da unidade, como medida a curto prazo. De acordo com a companhia, está sendo aguardada a liberação do Instituto Estadual de Meio Ambiente- Iema, já que neste período o esgoto será lançado in natura, no rio Viçosa.

Já a ampliação da Estação seria uma obra a longo prazo. De acordo com o diretor Carlos Fernando Martinelli, será necessário elaborar um projeto de engenharia, o que deve levar de dois a três meses. Concluído, será apresentada a sua viabilidade e custo e, com os recursos captados, virá a fase de licitação para contratar a firma executora. É provável que o projeto seja incluído no Orçamento em 2009 e executado em 2010.

Para o vereador Alberto Falqueto ficou tudo ainda muito vago. Ele salientou que Venda Nova é a segunda cidade do Estado em ligação de domicílios à rede coletora, conforme os próprios dados da Cesan. Ele disse estranhar o fato de os órgãos ambientais não ter o mesmo rigor na hora de fiscalizar os municípios deficitários na coleta e no tratamento do esgoto.

Na avaliação do vereador Chico Foletto- PSB, os governos erram ao premiar com grandes investimentos estes municípios e colocar Venda Nova no final da fila. Foletto demonstrou indignação pelo fato de mesmo sem o tratamento do esgoto coletado, a Cesan cobra 50% de taxa sobre o consumo de água.

O presidente da Câmara, o vereador Marco Grillo- PSDB valorizou o comprometimento da Cesan em participar da audiência pública e o anúncio de medidas paliativas para minimizar a situação e da instalação de um medidor para saber o fluxo exato. No entanto, disse que uma revisão no contrato de concessão do município com a Cesan é uma excelente moeda de negociação, visando acelerar uma possível solução definitiva para o problema.

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