No aniversário de 36 anos de emancipação política de Venda Nova do Imigrante, a Câmara de Vereadores fez uma sessão solene para homenagear o município e cidadãos que tanto fizeram para o crescimento da cidade. As personalidades que marcaram e fizeram a história destas terras receberam honrarias como a Comenda Padre Cleto Caliman, a Medalha do Mérito Municipal e o título de cidadão vendanovense. Duas mulheres que dedicaram seus esforços para o desenvolvimento do município receberam a Medalha do Mérito Municipal. Confira a história de cada uma delas:
MARIA DA PENHA ALTAFIM PETERLE
Maria da Penha Altafim Peterle nasceu em Afonso Cláudio em 7 de julho de 1963. É filha de Thereza Altafim das Neves e Antônio Firme das Neves. Casada com Deolindo José Peterle, mais conhecido como Zé Bressali, tem dois filhos: Jean Carlos e Maico. Veio para Venda Nova do Imigrante aos cinco anos de idade, quando os pais foram trabalhar na propriedade do senhor Agostinho Caliman, na Lavrinhas. Após se casar, moraram por 19 anos em um imóvel próximo ao Monte Grappa. Mudaram-se, depois, para a propriedade da família no Alto Bananeiras e, juntamente com seus filhos, focaram seus trabalhos no plantio de abacate. Ela perdeu as contas das tantas vezes que foi, juntamente com o marido, à Ceasa para vender a produção. Estudou, quando criança, até a quarta série. Quando trabalhou como agente de saúde, entre 2004 e 2014, conseguiu terminar seus estudos. No período, conta, pode auxiliar muitas pessoas da comunidade do Alto Bananeiras, onde mora até hoje. Ela conta que muitas pessoas que moravam na localidade naquela época vinham de outras cidades e Estados. Muitos chegavam sem ter absolutamente nada. Ela, com ajuda da comunidade, providenciava móveis, utensílios de cozinha, cobertores e roupas para os novos moradores. Perseverança é uma das grandes qualidades de Penha. Ela conta que, certa vez, o Padre Cleto Caliman rezou uma missa na localidade de Nossa Senhora Aparecida. Ao final da celebração, olhou para a comunidade e perguntou: “cadê a música?”. Penha conta que ficou envergonhada na hora e, na mesma semana, começou a fazer aulas de teclado. Depois, ensinou para seis crianças. Tudo para animar as celebrações na comunidade. Hoje em dia, está estudando piano e diz que é o momento de curtir os filhos, netos e noras. Ela já foi Ministra da Eucaristia e continua a lutar pela sua comunidade e por Venda Nova do Imigrante. Hoje, é voluntária do Instituto Jutta Batista. E os moradores da comunidade do Alto Bananeiras têm uma grande admiração por seu trabalho e doação ao próximo. Os filhos do casal, após muitas pesquisas, construíram uma fábrica de azeites de abacate, no ano de 2020. Ela conta que a fé sempre foi a base da família e a oração e o serviço ao próximo, o reflexo do amor de Deus.
MARIA DA PENHA STEIN
Maria da Penha Stein nasceu em Santa Leopoldina, em 2 de junho de 1952. Filha de Roberto Endringer e Carolina Drams Endringer, é viúva de Wandelino Stein, com quem teve quatro filhos: Marinalva, Márcio, Márcia e Median. Já casada, foi morar na região de Vila Pontões, em Afonso Cláudio. O marido era pedreiro e carpinteiro, mas não havia muito trabalho na região. Ela conta que nos anos 1970, o senhor Antenor Lorenção convidou a família para vir morar em Venda Nova e trabalhar na fabricação de barracos de madeira. Ela diz que a vida dela está Venda Nova e que foi aqui que conheceu a alegria e criou seus filhos. E que o trabalho voluntário é uma forma de devolver essa alegria para a comunidade que acolheu sua família. O voluntariado está no sangue de Maria Stein. Ela começou a doar seus serviços nos primeiros anos da Festa da Polenta, quando foi convidada pelo Padre Cleto Caliman para trabalhar na cozinha do evento. Ela sempre foi uma peça fundamental para o bom andamento da festa, pois foi uma das organizadoras da cozinha e tinha a função de deixar tudo no devido lugar para que os demais voluntários pudessem começar os trabalhos. Há dois anos passou a ficar na Casa da Nonna e na Casa do Nonno recebendo os turistas, conversando e mostrando a hospitalidade vendanovense. Além da Festa da Polenta, atua no Projeto Conviver, onde foi a primeira voluntária. No início do projeto, chegou a levar as próprias panelas para fazer e servir o lanche para os participantes. Ela diz que no trabalho voluntário recebe muito amor e carinho e que não há dinheiro no mundo que pague por isso.
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