Vereadora comenta prestação de contas do HPM

O mesmo relatório apresentado na Assembléia Geral Ordinária do Hospital Padre Máximo- HPM, na segunda-feira, dia 7 de abril, foi lido na sessão de terça-feira, dia 8. Eunice Caliman- PV, que é administradora do HPM, comentou a prestação de contas minuciosa, falando das dificuldades e dos parceiros que ajudam a instituição a caminhar.

Uma das dificuldades na arrecadação, de acordo com a vereadora, está no alto índice de internação pelo SUS. São 80,51% dos 2.299 registrados em 2007. No total geral, o hospital fez 25.584 de atendimentos, o que revela a alta rotatividade e a importância da unidade para o município e região.

Mesmo com os altos custos e os recursos escassos, 2007 foi de muitas realizações. A vereadora citou a construção de uma câmara fria para conservar os alimentos doados diariamente. Eunice ressaltou que a maioria dos legumes vem do Alto Caxixe e que a instituição conta com muitas outras doações de produtores e comerciantes locais.

Dentre os repasses, destacam-se os parcelados: R$ 540 mil da Prefeitura, R$ 35 mil das Voluntárias, R$ 32,2 mil da Festa da Polenta e ainda os R$ 50 mil arrecadados de promoções com sorteios.

Quanto aos recursos oriundos da Prefeitura, o presidente da Câmara, o vereador Marco Grillo- PSDB, também com um relatório nas mãos, disse que foram R$ 1.400.977,08. R$ 470 mil é de subvenção e o restante, oriundo da União para atendimento aos munícipes, em especial, para internação hospitalar. De acordo com ele, a Prefeitura repassa tudo que recebe ao HPM em troca desta prestação destes serviços.

Verba Estadual

Um dos grandes problemas do HPM é a ausência de repasse de recursos condizente com sua classificação de regional pelo Estado. No último domingo, um incidente pode levar o Estado a repensar a política de destinação de recursos para a instituição.

Ao trazer Erling Lorentzen para um atendimento de emergência em Venda Nova, o governador Paulo Hartung viu a realidade da unidade. Ambos estavam em Pedra Azul quando o sócio da Aracruz Celulose, que tem uma casa na localidade, passou mal.

No momento, o hospital não tinha cardiologista de plantão e um médico foi localizado para atendê-lo. Chovia muito e, depois dos primeiros socorros, foi preciso levar Lorentzen na UTI móvel até Castelo, onde de helicóptero partiu para Vitória.

Na ocasião, Paulo Hartung disse que junto com Anselmo Tose, secretário de Estado da Saúde, vai dar atenção especial ao HPM. Para o presidente da Câmara, o vereador Marco Grillo- PSDB, o episódio mostrou que o hospital pode dar segurança no atendimento a empresários e turistas. Mas, o mais importante, foi o governador se sensibilizar para a necessidade de fortalecer a instituição para assim poder dar o mesmo tratamento ao pobre.

 Apesar do hospital funcionar muito bem, Grillo disse que precisa ter  cardiologista, ortopedista e outros especialistas à disposição. “O que aconteceu deu uma oportunidade do governador tomar conhecimento da real situação do hospital considerado regional.”, disse Grillo. Em várias outras oportunidades o presidente falou da ausência do Estado quando o assunto é o HPM, mesmo com insistentes pedidos ao secretário Estadual de Saúde