Objetivo era falar sobre a prevenção da gravidez na adolescência
A psicóloga do Centro de Referência e Assistência Social – CRAS, Cláudia Cipreste, fez uso da Tribuna Livre na última terça-feira (04), para falar sobre a prevenção da gravidez na adolescência. Após a sua fala, os Vereadores realizaram questionamentos e agradeceram às suas explicações.
A psicóloga começou sua fala explicando que o Ministério da Cidadania instituiu, em 2019, a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, de primeiro a oito de fevereiro, para trabalhar o tema em nossa sociedade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS, a gravidez na adolescência, no Brasil, possui altos índices. A taxa mundial em 2018 foi estimada em 46 nascimentos para cada mil adolescentes. Já nosso país tem 68,4% de bebês nascidos a cada mil meninas. Esse índice está acima, inclusive, da média latino-americana. Outro ponto divulgado pela OMS é que a América Latina é a única região do mundo com uma tendência de crescimento de gravidez na adolescência.
Claúdia explicou que várias são as consequências de uma gravidez em tão tenra idade, como: mudanças na rotina do sono, lazer, vida social, fragilidade na qualidade dos vínculos afetivos e protetivos, além da evasão escolar. É válido destacar que a gestação precoce é um fator propagador de pobreza para a geração seguinte, visto que a jovem sai da escola, não se forma e não acessa bons postos de trabalho.
De acordo com o Ministério da Saúde, 65% das gestações em adolescentes são indesejáveis, o que demonstra a desinformação, a falta de apoio dos familiares e da comunidade. A gravidez nesse período pode elevar risco de morte da mãe e do bebê, prematuridade, anemia, depressão pós-parto, eclampsia e outros.
Em relação a Venda Nova, a psicóloga apresentou alguns dados preocupantes. No ano de 2019 foram atendidas 10 adolescentes grávidas, com idade entre 14 a 17 anos. De acordo com o CREAS, que acompanha indivíduos e famílias em situação de violação de direitos, de 2018 a 2019, 12 casos foram acompanhados de jovens gestantes e, de acordo com a Secretaria de Saúde, no mesmo período, foram acompanhados 27 adolescentes, com idade entre 12 a 17 anos.
A partir de tais dados, Cláudia convocou toda a rede municipal e a comunidade, para reduzirem esses números alarmantes.
Ações que serão feitas
O CRAS vai realizar diversas ações de mobilização na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. No dia 13, será realizada a caminhada “Prevenir é o melhor remédio”. Além disso, informações serão divulgadas nas redes sociais e também será feita uma parceria com o programa da Polícia Civil, “Papo de Responsa”, nas escolas do Município, nos dias 17 a 19 de fevereiro.
Durante todo o ano de 2020, o CRAS pretende acompanhar as gestantes por meio de projetos e oficinas, tanto com as jovens quanto com as famílias. O objetivo das ações é prevenir e, quando já houver a gravidez, fortalecer os vínculos familiares, com visitas e atendimentos particulares.
Papel da sociedade e famílias também é importante
A maior parte dos casos de gravidez na adolescência ocorrem quando as famílias não constituem um local de diálogo, vínculo e apego seguro. O trabalho deve ser constante e a conversa entre todos os entes precisa estar sempre presente.
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