Mulheres recebem homenagens da Câmara de Vereadores de Venda Nova do Imigrante

14 de março de 2023 às 12h30.


A noite da última segunda-feira (13) foi de homenagens às mulheres na Câmara de Venda Nova do Imigrante. A Sessão Solene foi feita em alusão ao mês e ao Dia da Mulher, comemorado em 8 de março. Cada vereador indicou uma personalidade que, por seu trabalho e dedicação, faz a diferença no município. As histórias de vida de cada uma delas são diferentes, recheadas de momentos de luta e dedicação. Em comum, a vontade de ajudar ao próximo e ver Venda Nova crescer.

Confira quem foram as homenageadas:

Cacilda Caliman Lorenção - indicada pelo presidente da Câmara, Erivelto Uliana 

Cacilda Caliman Lorenção é a 12ª filha dos 14 filhos de Fioravante e Maria Caliman. Nasceu em Lavrinhas, onde morou até se casar com Máximo Lorenção. Estudou até o 4º ano primário e voltou para Venda Nova. Foi incentivada à leitura, o que, segundo os filhos, a tornou uma mulher à frente do seu tempo. Amava dançar, queria até ser bailarina, mas o pai, Fioravante, não permitia que as filhas fossem a bailes.  Isso não a impediu de dançar no dia do seu casamento. Com o senhor Máximo Lorenção teve cinco filhos: Edines José, Liliane, Margareth, José Máximo e Keila. Além de cuidar da família, fazia uma coisa que amava: costurar. Aprendeu aos 15 anos, pois reclamou com a mãe que o vestido não havia ficado como ela. Foi dali que surgiu esse lado artístico que ela deixava vir à tona nos vestidos lindos que costurava para as moças de Venda Nova. Cansou de costurar e descobriu que bordava muito bem. Nessa época já era voluntária do hospital e foi com esse talento, que tanto lhe agrada e distrai, que participa da vida comunitária até hoje. Também participou por anos a fio da cozinha da Festa da Polenta.  Em 1993 foi a mulher pioneira do agroturismo, introduzindo o socol na história de Venda Nova do Imigrante.

Cristina Paste Perim - indicada pelo vereador Walace Rodrigues (Lacraia) 

Cristina Paste Perim nasceu em São João de Viçosa. Filha de Severino Paste e Justina Faustina Venturim Paste, é a primogênita de nove filhos. Casada com Celso Perim, é mãe de dois filhos: Caetano e Guilherme, e avó de Maria Fernanda. A história de Cristina se mistura com a da educação em Venda Nova do Imigrante. Lembra com carinho da professora que a alfabetizou, dona Ciléia Fernandes Ferreira, e do pai, que acompanhava de perto seus estudos. Ela conta que a mãe, dona Justina, tinha o sonho de ser professora. Ela achava lindo ensinar e ver as professoras sempre bem vestidas e com as unhas pintadas.Professora de Português e Literatura, saiu do município para estudar em colégio de freiras, em Santa Isabel, na década de 1960. De lá, foi estudar em Campos, no Rio de Janeiro. Em 1976, fez faculdade de Língua Portuguesa e Literatura em Cachoeiro de Itapemirim. Ela conta que, na época, um grupo de dez estudantes comprou uma Kombi que ia e voltava todos os dias de Venda Nova. Saiam da cidade às 17h30 e retornavam meia-noite e meia. Em 1977, o Padre Cleto Caliman convidou-a para dar aulas no Instituto Pedro Palácios, hoje, colégio Fioravante Caliman. Em 1992 tornou-se diretora do colégio. Quando candidatou-se à vaga, lembra-se de ter ouvido palavras duras como “esse cargo não é para mulher”. A coragem para ir em frente, conta, veio da força das matriarcas. Ficou 18 anos no cargo. “Eu não ficava menos de 12 horas na escola. Plantamos essa sementinha”, conta. Foi secretária de Educação em Venda Nova do Imigrante em 2010. O voluntariado também está muito presente na vida de Cristina. Foi voluntária da Festa da Polenta e do Baile dos Universitários e hoje oferece sua força para festas como a do Socol. É diretora da Apae e está no ministério da Eucaristia na igreja. 

Enedina Caliman Brioschi, indicada pela vereadora Aldi Caliman 

Uma das fundadoras da Associação das Voluntárias Pró-Hospital Padre Máximo, Enedina Caliman Brioschi, ou Dina, como é chamada pelos mais próximos, completou 85 anos em 26 de fevereiro. Casada com Plínio Brioschi, é mãe de quatro filhos: Jaqueline, Grace, Júnior e Robson, e avó de nove netos. Além de trabalhar até hoje em prol do hospital, Enedina é voluntária da Apae de Venda Nova, onde trabalha todas as segundas-feiras, na Pastoral da Saúde e canta no coral Santa Terezinha. Enedina também é uma confeiteira de mão cheia, e já ajudou no orçamento familiar fazendo biscoitos deliciosos. A Festa da Polenta é um capítulo a mais na história de dedicação de Enedina à comunidade de Venda Nova. Irmã de Padre Cleto Caliman, fundador da festa, ela participa da elaboração dos festejos desde o início, trabalhando na equipe da cozinha. No ano passado, além de ajudar na montagem dos pratos, ela também fez parte da equipe da Casa da Nonna, onde encantou moradores e turistas com seus bordados. 

Isabel Moreira - indicada pelo vereador Marco Antonio Torres 

Isabel Moreira é filha de Antônio Moreira e Ilda Spadetto Moreira. Tem 19 irmãos, 14 deles, vivos. É casada com Carlos Gomes de Carvalho e mãe de Monique, Melaine e Maiara. Isabel recebeu, há três anos e meio, o pedido para acolher, durante um mês, familiares e acompanhantes de pessoas que estavam internadas na recém-inaugurada Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Padre Máximo (HPM). No entanto, depois daquele primeiro mês, ela não parou o acolhimento. Pelo contrário. De lá para cá, mais de três mil pessoas já passaram por sua casa, onde encontram abrigo, alimentos e palavras de conforto. Isabel coleciona histórias de luta, superação e fé em Deus e na humanidade. Como a de uma senhora que se hospedou em sua casa para acompanhar um parente que estava na UTI. Na hora do jantar, a mulher começou a chorar copiosamente. Questionada sobre as lágrimas, a senhora disse que estava com o coração apertado por ter diante de si uma mesa tão farta e, ao mesmo tempo, saber que os quatro filhos, que estavam em casa em outra cidade, iriam dormir com fome. Uma outra história também ficou marcada na mente de Isabel. Numa manhã ela tinha apenas dois ovos na geladeira e oito pessoas para alimentar. Ela conta que rezou muito para Nossa Senhora para receber uma luz de como tirar a fome daquelas pessoas. Alguns momentos depois, uma pessoa chama no portão e avisa que alguém tinha deixado uma caixa cheia de frango na porta de Isabel. Até hoje ela não sabe quem foi o doador dos alimentos. 

Maria Fioresi Andreão (dona Marica) - indicada pelo vereador Ivanildo Almeida Silva 

Maria Fioresi Andreão, ou dona Marica como é mais conhecida, é casada com Laurentino Luiz Andreão e tem quatro filhos: Robson, Nubiane, Clodoaldo e Cristiano, além de sete netos e um bisneto. Voluntária, dona Marica foi uma das fundadoras, ao lado do marido e outros casais, do Paiol do Nonno, que faz tanto sucesso na Festa da Polenta. Mas o voluntariado não se limita ao dia da festança. Dona Marica é voluntária na cozinha em todas as festas da comunidade de Vargem Grande. Na última Festa da Polenta, conta o filho Robson, dona Marica descascou, cortou em pequenos pedaços e cozinhou quase uma tonelada de mandioca para o Paiol do Nonno. É uma mulher batalhadora, altruísta e que vê na ajuda ao próximo uma meta de vida. 

Maria Rozária Dias Andreão - indicada pelo vereador Luiz Ricardo Pimenta 

Maria Rozária Dias Andreão nasceu em Venda Nova do Imigrante. Esposa de Juarez de Azeredo Broedel e filha de Jair José Andreão e Maria da Glória Dias Andreão. Há quase 23 anos é servidora pública do município na área da saúde. Sua história profissional começou no Hospital Padre Máximo, onde fez estágio. De lá, decidiu fazer um curso de técnica em Enfermagem. Trabalhando como auxiliar, fez graduação em Enfermagem em Cachoeiro de Itapemirim. Atualmente está na gestão em Saúde no município, terminou o curso de mestrado e, como ela sempre diz, sempre dedicando o que aprendeu em prol das pessoas. Rozária trabalhou muitos anos na Estratégia Saúde da Família e auxiliou, de perto, centenas de mulheres. E diz ainda que, como profissional e ser humano, sempre tentou acolher essas mulheres não apenas na atenção à saúde, mas em todos os aspectos da vida. 

Rogéria Aparecida da Silva - indicada pelo vereador Marcio Lopes     

Rogéria Aparecida da Silva é casada com Noel Zeferino e tem duas filhas: Cristina e Érika. É a terceira filha de sete irmãos. Sua mãe é Maria do Carmo Botacim e o pai, Domingos da Silva. Trabalhou na lavoura de café até os 30 anos de idade e dois anos como babá. Há seis anos é presidente da Associação de Catadores de Venda Nova do Imigrante (Ascaveni). A associação é importantíssima para a comunidade. Além de criar empregos, alavanca a coleta seletiva no município, serviço fundamental para o desenvolvimento sustentável e econômico da cidade. Rogéria conta que ama o que faz e faz uma reflexão: "No tempo dos nossos avós, o mundo era diferente, eram muitas cachoeiras e nascentes. E o consumo de industrializados prejudica cada vez mais o meio ambiente quando latas e embalagens não são descartadas corretamente. Por isso, a necessidade de educar as crianças e conscientizar a comunidade”. Rogéria afirma ainda que hoje em dia manter o município limpo é uma obrigação de cada um de nós e que faz o trabalho na Ascaveni com muito amor e dedicação.

Vera Lúcia Silva Pacheco - indicada pelo vereador Amilton Pacheco 

Vera Lúcia é mineira, de Bom Jesus do Galho, onde nasceu em 1955. Ela mudou-se com o marido, José Marques Pacheco e os cinco filhos para o Caxixe Frio, em Venda Nova do Imigrante, há 37 anos. É mãe de Laudilene, Janice, Amilton, Lucélia e Monique. Muito religiosa, já virou referência na comunidade por seu trabalho em prol dos necessitados, com arrecadação de roupas e cestas básicas. Os filhos contam que esse trabalho é antigo e que ela é uma grande líder. Se alguém precisa de uma roupa de criança ou alimentos, é a Vera Lúcia que buscam. E ela faz de tudo para poder ajudar o próximo. Muitas pessoas, já conhecendo esse espírito empático de Vera, já deixam mantimentos e roupas na casa dela. Na comunidade é conhecida pelo seu coração gigante e seu carisma. E quem a conhece diz que com certeza ela é merecedora dessa homenagem e muito mais.

Aldi Maria Caliman, única vereadora mulher, foi homenageada pela Câmara 

Aldi Maria Caliman, a Dé, é filha de Arlinda Falqueto Caliman e Clementino Caliman e mãe de Carla e Emílio. Depois de concluir a quarta série na escola de Lavrinhas, Dé foi estudar em Campos, no Rio de Janeiro. Depois foi para Ponte Nova, Minas Gerais, onde não pôde participar do time de vôlei, por estudar para ser freira. O treinador percebeu o talento de Dé para o esporte e pediu autorização das irmãs para colocá-la na equipe. Logo, ela se tornou titular e ficou famosa em Minas Gerais. A história de Dé na educação de jovens se consolidou nos anos 1980, ao dar aulas na Escola Fioravante Caliman, após fazer faculdade de Educação Física em Brasília. Na política, ela foi atraída para um grupo que vislumbrava a emancipação de Venda Nova. Foi neste período que se elegeu vereadora, com Venda Nova ainda distrito de Conceição do Castelo. Dé, aos 28 anos, foi a primeira filha de Venda Nova eleita vereadora. Em maio de 1988, Venda Nova conquistou a emancipação, e Dé decidiu se afastar da vida pública por um período. Na terceira legislatura de Venda Nova, em 1997, ela voltou para o cenário político e foi suplente de Sérgio Onofre. Numa ocasião de afastamento do titular, ocupou a vaga de vereadora por 120 dias. Como professora de educação física da Escola Fioravante Caliman, Dé fundou na escola as olimpíadas internas e, como resultado, conseguiu colocar uma equipe nos jogos oficiais das Olimpíadas do Estado. Em 1990, ela fez outro concurso e assumiu a segunda cadeira como professora e, em 1992,  atuava como voluntária da Escolinha de Vôlei nas dependências da própria escola. De volta à vida política, Dé foi a segunda vereadora mais votada nas eleições de 2021. Eleita com 548 votos, ela continua na luta pela oportunidade às crianças e aos jovens por meio do esporte.


 

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