“ Senhores vereadores, Presidente da Câmara de
vereadores de Venda Nova do Imigrante, senhor João Paulo Schettino Mineti e
demais autoridades, público presente, funcionários, ouvintes e internautas.
Senhoras e senhores, saúdo a todos na pessoa do vereador Francisco Carlos
Foletto, que propôs essa homenagem as cooperativas presentes em Venda Nova do
Imigrante. Gostaria de agradecer a todos pelo convite e a oportunidade de
pronunciar nesta casa de leis. Neste momento, gostaria de fazer uma saudação
especial ao meu amigo Benjamim Falqueto, velho cooperativista dês da década de
setenta e porque não dizer na nossa infância em Venda Nova. Então, é um
companheiro desde sessenta e cinco, setenta. Gostaria de falar sobre a
Coopeavi, ela nasceu em Santa Maria de Jetibá em virtude da agricultura, em
seis de setembro de mil novecentos e sessenta e quatro, com vinte associados para
iniciar uma atividade difícil que naquele tempo não possuía estrada nem infraestrutura,
mas foi constituída a cooperativa. Foi trabalhando, fomos lutando, na década de
setenta houve uma quebradeira geral das cooperativas do estado do Espirito
Santo. E das cooperativas agrícolas só ficou a Coopeavi. E foi até a década de noventa e cinco, quando
tivemos a oportunidade de assumir a presidência. Pegamos a Cooperativa com
novecentos e noventa e nove associados, faturamento anual de seis milhões de
reais. Fomos administrando organizando a casa e pra chegar nos números de hoje
em dois mil e quatorze nos fechamos o faturamento em trezentos e trinta e três
milhões com dez mil e quinhentos associados, quinhentos e quarenta
colaboradores que atuam em todo o estado do Espirito Santo, com quatro filiais
em Minas Gerais. Dessa forma a Coopeavi foi um sucesso até aqui, não sabemos o
dia de amanha, mas enfrentamos a crise. Então, nossa Cooperativa tem quadro de
funcionários e colaboradores que veste a camisa do Cooperativismo. Nesta noite,
gostaria de falar dos desafios que temos para seguir, gerando oportunidade aos
agricultores familiares deste município e região. Aproveito para falar um pouco
sobre a nossa chegada aqui em Venda Nova e a nossa visão de futuro melhor. Eu Argêo
uliana, me considero um filho de Venda Nova, já que sou descendente de
italianos, como a maioria do município, e fui criado na região da fazenda do
estado, ou seja, bem perto daqui. Fui para Santa Maria de Jetibá, ainda jovem,
onde encontrei diversas dificuldades. Mas por meio do cooperativismo, eu e mais
dezenove produtores rurais, começamos a transformar os gargalos em conquistas.
Falo disso, pois a Coopeavi também chegou à Venda Nova do Imigrante e
encontramos grandes desafios. Incorporamos a Pronova, por decisão unanime dos
cooperados no dia vinte e três de março. Junto com a incorporação, assumimos
todos os ativos e passivos, que não foram poucos. No entanto, informo que já
quitamos cerca de cinco milhões de reais em passivos, com o poder público e
privado, como instituições financeiras. Nosso maior objetivo com esta
incorporação é preservar e fortalecer as conquistas dos cafeicultores da
região, inclusive, firmou o compromisso e mantemos a marca Pronova. Como em qualquer sociedade, e no cooperativismo
ainda mais, só conseguimos avançar se os envolvidos estiverem unidos. A
participação dos cooperados é fundamentais para conseguirmos novas conquistas.
A Coopeavi acredita no potencial e na participação dos produtores rurais de
Venda Nova do Imigrante. Tanto que pretendemos ampliar os nossos negócios,
pretendemos abrir uma loja de produtos agropecuários no futuro aqui na cidade.
Mas volto a frisar, os desafios são passiveis de superação quando há
cooperação. Cooperação do produtor rural,
cooperação do poder público, cooperação da sociedade em geral. Contamos
com o apoio dos senhores vereadores, para levar essa mensagem aos demais
produtores rurais do nosso município. Temos a honra em dizer que, todas as
unidades que abrimos até hoje, nunca precisaram ter suas portas fechadas. Temos
vinte filiais espalhadas pelo Espirito Santo e Minas Gerais, além das unidades
de armazenamento e pontos de distribuição de ovos e rações. Venda Nova do
Imigrante ganhou uma cooperativa consolidada, com mais de cinquenta anos de
historia, de tradição e, acima de tudo de união e cooperação. Sempre digo, não
existe cooperativa forte com cooperados fracos, e nem cooperados fortes em
cooperativa fraca. No cooperativismo todo mundo cresce junto. Não há desafio
grande o suficiente, para vencer a união. Agradeço mais vez a oportunidade e
espero contar com todos, divulguem por gentileza o cooperativismo, porque, nos
sentimos constrangidos na época da incorporação da Pronova. Mas foi uma
necessidade que a gestão não era possível pelos seus compromissos e nós
abraçamos esta causa. Acertamos com cooperados, fornecedores e nós estaremos
aqui. Como nos fizemos nas demais portas que abrimos, nunca fechamos, espero
que aqui em Venda Nova, o que nós pensamos é crescer e ser uma outra Coopeavi aqui
em Venda Nova, porque o potencial é grande. Temos certeza que meu amor por
Venda Nova é muito grande, assim pensamos e queremos, mas depende dos
produtores e da nossa união como fez os agricultores em Santa Maria, se uniram,
fortaleceram e decidiram constituir. Hoje na verdade Santa Maria de Jetibá,
aquela cidade cresceu e desenvolveu aos pés da Coopeavi. Então, só temos a
agradecer, quero dar um testemunho, aos produtores e associados de Venda Nova,
nós estaremos aqui com garantia de um futuro promissor com a continuidade da
Pronova. Muito obrigado a todos e uma boa noite. Senhor Presidente, quero
aproveitar a oportunidade de entregar um livro da historia da Coopeavi, são
cinquenta anos.”
Data de Publicação: terça-feira, 20 de outubro de 2015