O café arábica foi catalogado por volta de 1750 e tem origem na Etiópia, uma nação milenar. Considerada um dos berços da civilização, está localizada no chamado Chifre da África, região próxima ao Oriente Médio. Daí o nome café “arábica”. Ele é considerado o grão mais nobre da família dos cafés devido à sua complexidade de sabor e aroma. O cultivo é feito entre 600 e dois mil metros de altitude.
A importância da cultura ganha contornos ainda mais precisos quando falamos de Venda Nova do Imigrante e seus cafés premiados mundo afora. Tanto, que a comunidade de São Roque, grande produtora de cafés especiais, celebra todos os anos a doçura e o sabor entregue pela terra e pelas mãos persistentes e trabalhadoras dos agricultores daqui.
O presidente da Associação de Moradores da Comunidade de São Roque, Sávio Fiorese, esteve na Tribuna Livre da Câmara, na sessão da última terça-feira (12), e falou sobre os grãos e como surgiu a Festa do Café, que teve sua 22ª edição no último fim de semana.
“Sou filho e neto de agricultores e o café foi e é a fonte principal de renda de muitas famílias. Conheci o café quando ainda não era bom, e vi quando surgiu, na região, as orientações de como fazer um café de qualidade. As famílias trabalharam muito e cumpriram a meta de fazer um excelente café. Em 1999, nos reunimos e fizemos a primeira festa do café arábica. Pensamos na diversão, mas também no conhecimento. Então, além da festa, do desfile, fizemos as orientações no campo. Escolhemos os temas algum tempo antes e todas as festas têm três ou quatro estações, como torra, produção de mudas, variedades, como colher ou como fazer a adubação. E foi crescendo, ganhando importância. Como São Roque não tem uma produção muito grande, é familiar, muitos se destacam com o capricho e na produção de qualidade para agregar valor”, contou Fiorese.
Organizadora do desfile que elege a rainha e as princesas da Festa do Café, Joziane Avanci Fiorese conta que, quando assumiu a função, em 2015, buscou introduzir história e cultura no desfile. “O café é consumido mundialmente e faz parte da nossa vida e a cada ano contamos um pouco dessa história. A preparação começa meses antes da festa, envolvemos familiares, o comércio, escolas e torcidas. Este ano, o tema foi “Café, um segredo dos árabes”. Nós e os árabes compartilhamos o mesmo amor pelo café e temos nossa variedade que é o arábica. Na noite do desfile foi lido um texto contextualizando o nome arábica, as meninas fizeram uma dança de abertura em alusão às danças do mundo árabe e tocamos músicas do tema”, contou.
Em nome da comunidade de São Roque, Adriano Fiorese agradeceu à Câmara pelo espaço na Tribuna e apontou que a festa é uma forma de deixar a cultura cada vez mais viva na comunidade. “Venda Nova tem a tradição de preservar a cultura e a Festa do Café, a cada ano, dá mais espaço para a parte técnica e busca preservar a cultura. Queremos avançar para consolidar a festa como espaço de conquista do homem do campo e de um povo focado no trabalho e no desenvolvimento”, concluiu.
Todos os vereadores parabenizaram a comunidade de São Roque tanto pelo empenho na produção de grãos especiais, que tanto orgulha Venda Nova do Imigrante, quanto pela Festa do Café, uma celebração do amor que as famílias de São Roque têm por essa terra.
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