A economista doméstica e servidora aposentada do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extenção Rural (Incaper), Rita Zanúncio, usou a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Venda Nova do Imigrante na sessão da última terça-feira (23). Rita falou em nome da Associação de Servidores do Incaper (Assin) que, nas últimas semanas, está se manifestando sobre o fortalecimento do serviço de assistência técnica, extensão rural e pesquisa pública e governamental. A associação existe há 38 anos no Espírito Santo e tem 645 associados, desde profissionais que estão na ativa até aposentados.
Ela conta que, em 2022, mesmo sendo um ano com resquícios da pandemia, o Incaper promoveu mais de dois mil cursos, atendeu 39 mil agricultores, fez 1,4 mil dias de campo, 880 projetos, 10 mil visitas e 66 projetos de pesquisa. “Em Venda Nova, em 2023, atendemos 2.784 agricultores com repetição e 1.479, sem repetição. Entre os programas da equipe estão crédito rural, licenciamento ambiental, concursos de café e tomate, distribuição de sementes de milho, feijão e alho, entre outros”.
Rita Zanúncio disse, no entanto, que a equipe está reduzida. Em 2000, contou, o instituto contava com 769 servidores. Em 2019, 507 e, em 2024, 441 servidores, uma diminuição de 43%. “Ainda temos uma parcela de servidores que é do Incaper mas está em outros órgãos do Estado. Nossa perda de quadro pessoal, portanto, é muito maior. Além disso, a defasagem salarial entre 2019 a janeiro de 2024 corresponde a 68%, segundo o INPC, o que gera uma evasão de profissionais que optam por outros empregos na iniciativa privada. Apesar de o quadro ter diminuído, ainda há a mesma demanda de trabalho”.
Há um outro problema que está em evidência, segundo Rita, e precisa ser debatido e enfrentado. “Em todo o mundo temos o problema do envelhecimento do campo. Precisamos incentivar os jovens com políticas públicas e o Incaper é o instrumento para isso. Por isso, é preciso a facilitação dos recursos para os projetos e acompanhamento”, ressaltou.
A área de pesquisa pública, citou, também é importantíssima. “É por meio dela que são lançadas variedades de milho, feijão, café, citrus, abacate, entre outras. A pesquisa pública também oferece medição de dosagem de macro e micronutrientes nas culturas, condução, poda, manual de adubação. E essas informações são usadas tanto pela iniciativa pública quanto privada no Espírito Santo. Valorizar o Incaper, portanto, é garantir comida de qualidade, já que 70% dos alimentos na mesa dos capixabas vem da agricultura familiar”, finalizou.
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