Dia Nacional da Consciência Negra

“Boa noite a todos, boa noite senhor presidente, demais membros, público presente, demais vereadores, internautas e ouvintes da Rádio FMZ. A minha presença nos últimos quatro anos, tenho vindo à Câmara e hoje vim especialmente para poder agradecer ao legislativo desse mandato, fazer essa abertura a todos os vereadores que nos últimos anos vem fazendo um trabalho sobre a consciência negra dentro do município e isso tem repercutido frutos para Venda Nova. Hoje eu não preparei nenhum papel e nenhum discurso especial para esse dia, mas eu vim mais com o objetivo de agradecer a todos os vereadores desse mandato que abriram esse espaço para que a gente pudesse, de fato, exercer a cidadania e a democracia dentro do município Venda Nova. Então, quero agradecer a todos os vereadores do Poder Legislativo que abriram para que a gente pudesse fazer esse trabalho. Mais do que isso, lembrando que a data do dia vinte de novembro não se restringe apenas ao dia da consciência negra. Hoje, falando com os alunos durante um período, a gente viu como isso tem crescido nas escolas, as escolas têm se comprometido em fazer esse trabalho, não se tem tanta exposição ainda, Venda Nova não tem essa tradição de fazer um evento para poder chamar a população, mas dentro de todas as escolas, as escolas têm feito um trabalho intenso desde a educação infantil até ao ensino superior, todos têm se comprometido com essa temática. Então, isso que faz a diferença, o trabalho da conscientização, do dia a dia dentro das escolas, de passar para os nossos alunos a convivência respeitosa, de conviver com as diferenças. O Brasil, infelizmente, a gente sabe que continua com essa falsa democracia de que todos nós vivemos em uma democracia, mas é um racismo que vive acobertado e que nós brasileiros não assumimos e a gente não se pergunta onde realmente está o nosso preconceito, mas sabemos que nós temos. Somos uma população que é preconceituosa e que discrimina, e o preconceito, como já falei aqui outras vezes, ninguém nasce preconceituoso, a gente aprende a ser preconceituoso a discriminar, a fazer diferente. Por isso que o papel da educação é importante nesse dia, porque a escola, principalmente a escola pública, é o espaço onde todas as diferenças estão juntas durante um dia, durante um ano inteiro. Então, existe ali um espaço propício para se trabalhar realmente as diferenças e nunca podemos dizer que nós somos todos iguais, somos iguais enquanto seres humanos, realmente, mas culturalmente somos diferentes e precisamos aprender a conhecer a e respeitar as diferenças entre as pessoas, entre as culturas, não dando mais evidência a uma e omitindo a outra, cada uma tem o seu espaço. Diante de todas essas transformações que vem acontecendo no país a passos lentos, a gente observa essa valorização da cultura africana, indígena, italiana, que seja, alemã, nós precisamos ter essa consciência. Então, lembrando também que esse ano, principalmente, quando se fala das cotas, existe uma polêmica muito grande com relação a isso. Eu vejo que mais do que facilitar a entrada do negro em uma universidade, é principalmente dar esse orgulho de falar, porque hoje as cotas têm um papel de polemizar, concordo, mas ela trouxe um ponto muito positivo. Hoje, nós, negros, principalmente aqueles que não tinham consciência do que era ser negro, é você ter ponto positivo em afirmar, em querer ser negro. Então, a gente analisa que o sistema não é o melhor e não vai resolver os problemas, mas pelo menos temos que analisar por esse lado, ele proporcionou a todos negros e negras ter consciência de quem somos, da nossa história, da nossa valorização. Então, é um passo que estamos dando com relação à democracia, mas é um caminho muito longo. Então, a minha fala hoje é mais em relação a esse dia que precisamos ter uma consciência realmente, mas nunca esquecer da nossa história, do nosso passado, não omitir isso, é ter esse orgulho realmente de falar da nossa história com orgulho, de olhar os bons exemplos, de aprender que caráter, que bons exemplos não estão na tonalidade, na cor da pele, não estão na condição financeira, mas estão na formação. E nós, enquanto escola, que hoje mais do que tudo não estou aqui individualmente, estou aqui representando uma entidade, a Escola Fioravante Caliman, nós temos um papel muito grande e fundamental nessa conscientização realmente do que é viver com democracia, com a participação e respeitando as pessoas. Então, quero agradecer mais uma vez ao Poder Legislativo desse mandato que teve um papel fundamental em dar essa abertura para a gente refletir sobre esse dia, sobre a consciência negra, e para finalizar, o projeto que nós desenvolvemos em dois mil e nove e dois mil e dez, vai ser premiado agora em dezembro em São Paulo através do Cert, que é o Centro de Estudos de Relações e Trabalhos na Desigualdade. O Cert é uma ONG e os trabalhos que eram feitos dentro da temática racial eram só para o estado de São Paulo e agora estão abrindo para o país inteiro. A escola fez a inscrição do projeto, foram quinhentos projetos do Brasil todo e foram selecionados dezesseis projetos para serem premiados. Então, no dia dez de dezembro, vamos a São Paulo para poder receber uma premiação em função desse trabalho que está entre os dezesseis trabalhos de melhor empenho dentro da temática de qualidade e de promoção da igualdade. Então, acho que é uma vitória para o município. Então, todo o município está de parabéns. Não é querer ficar batendo a tecla em cima de um mesmo trabalho, mas é um fruto que a partir desse trabalho também encorajou outras pessoas, outras escolas a falar, discutir, porque não é uma temática fácil, mas a gente vai assumindo essa responsabilidade. Então, se nós estamos sendo premiados, é um trabalho coletivo que o Poder Legislativo teve um papel fundamental nesse apoio para que a gente pudesse chegar nesse ponto. Então, quero agradecer a todos vocês. Muito obrigada.”

Data de Publicação: terça-feira, 20 de novembro de 2012

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