“Boa noite ao presidente, excelentíssimo vereador Tiago Altoé, em seu nome gostaria de cumprimentar os membros da mesa diretora, os demais vereadores dos servidores desta Casa. Minha boa noite também ao público aqui presentes na galeria e os ouvintes da rádio FMZ. Senhor presidente, primeiramente gostaria de agradecer o espaço nessa tribuna e também o apoio desta Casa na realização dos eventos da nossa associação. Gostaria também de parabenizar em seu nome esta Casa pela brilhante sessão ocorrida na festa de emancipação política de Venda Nova, em comemoração ao jubileu de prata da emancipação. Como o senhor disse, o que nos traz aqui nessa tribuna é a comemoração do décimo quinto aniversário da Associação Vendanovense de Voo Livre, a qual presido desde o ano passado com muito orgulho. Faremos assim um breve relato sobre a história do voo livre. A mais antiga notícia sobre como voo planado é encontrada na mitologia grega e não foi uma história com um final muito feliz. Dédalo, o arquiteto criador do labirinto de Minus e seu filho Ícaro tentaram fugir da prisão da Ilha de Creta, voando com massas feitas de penas de falcão, unidas com cera de abelha. Ícaro, o filho, encantado com voo, começou a ganhar altura, se deslocando para distante do seu pai, o que fez com que o calor do sol derreter suas penas que moldavam as asas. Ele cai e morre, salvando-se apenas o seu pai. Dédalo, assim, entra para a galeria mística dos homens que conquistam os céus. Foi preciso que a tecnologia avançasse muito para que os passos em direção aos céus ficassem mais seguros e objetivos. Francis Rogallo trabalhava na Nasa como engenheiro e diretor do laboratório de Langley, pesquisando as possibilidades de aerofólios flexíveis, o que veio dar origem aos nossos parapentes a serem usados por pilotos de voos de regresso em missões espaciais. Esses eram os anseios deles, voltarem do espaço com esses aerofólios. Como subproduto desses estudos ele e sua mulher patentearam em mil e novecentos e sessenta e dois um artefato que iria servir como modelo de desenvolvimento subsequente de asas de voo livre. Em sessenta e oito o australiano Bill Moyes foi o primeiro a praticar voos com uma asa delta aqui do Brasil e logo depois, em setenta e quatro, o francês Stephan Dunoyer vem também ao Brasil fazendo um voo do Cristo Redentor, matéria exibida na época pelo Fantástico. Surgiram assim muitos adeptos e Luís Cláudio Araújo de Matos tornou-se o primeiro voador brasileiro, utilizando o sítio de voo da Pedra Bonita em São Conrado como ponto de decolagem. Esse sítio é famoso até hoje nacional e internacionalmente. O esporte voo livre é aquele que se pratica com asa-delta ou parapente e cuja definição codificada pela federação aeronáutica e internacional, FAI, refere-se a uma estrutura rígida que é manobrada com o deslocamento do peso do piloto, isso para asa-delta, ou até por ausência de estrutura rígida, com cabos e dispositivos, o nosso parapente. O aparecimento da asa-delta foi devido ao progresso das pesquisas espaciais, como dito anteriormente. A história do parapente. O parapente, também conhecido como paraglider nos países de língua inglesa, surgiu inicialmente na Europa e surgiu com boa opção para os alquimistas descerem das montanhas após escalá-las. No Brasil o primeiro vou de parapente que se tem registro aconteceu em mil e novecentos e oitenta e oito, no Rio de Janeiro, um de dois suíços decolar da rampa de Pedra Bonita, que já era utilizada por praticantes de asa-delta. A novidade então atraiu alguns cariocas que tinham fascínio pelo voo. Assim formou-se o primeiro grupo de pilotos brasileiros. O voo naquela época durava poucos minutos, às vezes, provocava até momentos de tensão, pois o planeio dos parapentes, às vezes, não permitia a chegada na praia e eles tinham que pousar no caminho. Atualmente o planeio dos parapentes chega a ultrapassar a razão de onze para um, ou seja, cada onze metros voados para frente ele perde um de altura. Isso é graças a evolução e tecnologia, o que possibilita hoje que os voos de distância se tornem cada vez mais frequentes, iniciando assim uma corrida para a quebra de recordes mundiais. O recorde de distância livre em para tem que é de quatrocentos e sessenta e um vírgula oito kilômetros e foi contestado pelos brasileiros Marcelo Pietro, Rafael Saladine e o nosso capixaba Frank Brown, que muito nos orgulhe, e isso tem dois mil e sete em Quixadá. O capixaba Frank Brown, que começou a voar com treze anos de idade, incentivada pelo saudoso pai Morris Brown, acumula alguns títulos como vice-campeão mundial em dois mil e cinco, terceiro colocado no mundial de dois mil e seis, alcançou em dois mil e doze o décimo campeonato brasileiro e no final da semana passada já começou com um pé direito a primeira etapa do campeonato brasileiro de para pente, ocorrida no município de Baixo Guandu, consagrando-se campeão. Um pouco da história da nossa associação. A associação vendanovense de voo livre, fundada exatamente em vinte e um de maio de noventa e oito, é uma associação sem fins lucrativos que congrega os participantes e admiradores do esporte e visa incrementar não só a prática, mas também o turismo local, promover o sítios de voos da região aos desportistas de nível estadual e nacional. Atualmente o quadro da AVVL é composto por vinte pilotos, sendo esses residentes nos municípios de Venda Nova, Vargem Alta, Domingos Martins, Castelo e Cachoeiro. É também parte do nosso grupo, do nosso quadro, o instrutor que ministra cursos para iniciantes aqui no município e que também realiza voos duplos, que serve para sentir o prazer e a sensação de voar, a qual todos estão convidados. O vereador Tiago já teve essa oportunidade. Visando fomentar o turismo e o voo na nossa região e mostrar o município de Venda Nova para os outros municípios e outros estados, a AVVL realizou nos últimos anos eventos de nível nacional como o nono aniversário da AVVL em março de dois mil e sete, com oitenta e dois pilotos participantes, sendo esses do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No ano de dois mil e doze foi realizado o primeiro Revoando Venda Nova do Imigrante, também com oitenta pilotos participantes dos três estados. Esse ano tivemos a grata satisfação, com o apoio desta Casa, com o apoio da prefeitura municipal de Venda Nova, com o apoio dos nossos associados, abrir a primeira etapa do campeonato capixaba de voo livre, CCVL Dois Mil e Treze, onde tivemos quarenta e seis pilotos inscritos, também dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Nós faremos ainda este ano mais dois eventos, que serão a Revoada em comemoração ao décimo quinto aniversário da associação e o fechamento do ano em dezembro. Gostaria de deixar o convite aos vereadores, a população, os ouvintes da rádio que nos escutam nesse momento, que sempre que tiver evento na rampa do Filete, os eventos estão sendo divulgados, estão sendo colocados no site da prefeitura, nas redes sociais, amplamente divulgados, fica aberta a rampa para visitação e a presença do público engrandece muito o evento. Gostaria de agradecer, Tiago, o pronunciamento curto, é apenas uma forma de prestar contas da associação no município, o que a associação tem procurado fazer para divulgar o município ainda mais, apesar de ver a sede do município de outro ângulo, você já teve essa oportunidade. E convidá-los para participarem com a gente dos eventos. Muito obrigado. Boa noite.”

Data de Publicação: terça-feira, 21 de maio de 2013