“Em nome da Apae, gostaríamos de cumprimentar o presidente desta casa, Tiago Altoé, pessoa que tem muito nos apoiado, não só na pessoa do presidente, mas de todos os vereadores, cumprimentar o Paulinho Mineti, Acácio Côra, Tarcísio Botacin, Vanderlei, Chico Foletto, Isael Bergamim, José Luiz, Everaldo, cumprimentar o público presente, principalmente pessoas da nossa diretoria, o Marcelo Perim, o Antonio, a Lurdinha, a presidente da Avapae, a Ione, para quem não sabe a Avapae é uma associação das voluntárias da Apae de Venda Nova, é uma associação que faz um trabalho bastante interessante de apoio a nossa Apae. Os nossos colaboradores que estão em um número bastante grande para que hoje, familiares dos nossos usuários, temos usuários presentes, familiares, enfim, público tudo aqui presente. O nosso objetivo principal de estarmos aqui é para estar falando para vocês da semana que se inicia amanhã, que é celebrada semana nacional da pessoa com deficiência intelectual ou múltipla. Mas antes eu gostaria de ler alguma coisa para vocês que fala sobre o nascimento, que fala sobre o surgimento do movimento apaiano, a Apae de Venda Nova até chegarmos na programação. As raízes históricas e culturais do fenômeno deficiência sempre foram marcadas por forte rejeição, descriminação e preconceito. Diante da ineficiência do estado em promover políticas públicas e sociais, para garantir a inclusão dessas pessoas, surge famílias empenhadas em quebrar paradigmas e buscar soluções alternativas para que seus filhos com deficiência intelectual e múltipla alcançasse condições de serem incluídos na sociedade com garantia de direitos como qualquer outro cidadão. Preocupados com essa situação, surge em mil novecentos e cinquenta e quatro, no Rio de Janeiro, a primeira Apae do nosso país, há quase sessenta anos, no próximo ano faz sessenta anos do movimento apaiano. Foi então que no Brasil essa mobilização social começou a prestar serviços de educação, saúde e assistência social a quem deles necessitasse, em locais que foram denominados como associação de pais e amigos dos excepcionais, Apae, constituindo uma rede de promoção e defesa do direito das pessoas com deficiência intelectual e múltipla e que hoje conta com mais de duzentos e cinqüenta mil usuários atendidos, surgindo com isso o movimento apaiano. A Apae se caracteriza por ser uma organização social, cujo o objetivo principal é promover a atenção integral à pessoa com deficiência, prioritariamente aquela com deficiência intelectual e múltipla. A rede Apae destaca-se por seu pioneirismo e capilaridade. Atualmente o movimento congrega a Fenapaes, que a federação nacional das Apaes, vinte três federações das Apaes dos estados e mais duas mil Apaes distribuídas em todo país. É o maior movimento social do Brasil e do mundo na sua área de atuação. Isso sem contar com a Pestalozzi, que também prestam serviço bem parecido com a Apae. E o surgimento da Apae de Venda Nova não foi diferente, foi diante das dificuldades. Está aqui o Marcelo Perim, o pai dele foi o primeiro presidente da Apae, o Marcelo também foi nosso presidente. O senhor Eudes está presente? Também temos presente aqui hoje o senhor Djalma que já foi o nosso presidente e até hoje está lá junto conosco. Então, a Apae de Venda Nova foi fundada em vinte de dezembro de mil e novecentos e oitenta e oito, por iniciativa de um grupo de pessoas preocupadas com o desenvolvimento psicossocial e pedagógico de seus filhos. Essas pessoas movidas por um espírito solidário e voluntária percorreram o município fazendo levantamento da clientela, bem como esclarecendo da necessidade do trabalho de apoio às pessoas com deficiência. Em forma de reconhecimento movimento apaiano de Venda Nova, a senhora Jutta Batista da Silva, incentivadores de trabalhos voluntários, buscou junto à comunidade local e voluntários alguns recursos para a construção da sede da APAE no bairro Bananeiras. Hoje conta com uma área de cinco mil e trezentos metros quadrados e dois mil metros de área construída. É uma excelente estrutura. A nossa Apae hoje é referência no estado do Espírito Santo. Hoje, a estrutura da APAE de Venda Nova conta com o trabalho de prestação de serviços de uma equipe multidisciplinar composta por professores, auxiliares administrativos e de serviços gerais, cozinheiras, motoristas, pedagogo, psicólogos, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, neurologista e assistente social, congregando esforços no sentido de cumprir a missão de promover e articular ações em defesa de direitos, prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio à família direcionados a melhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência e a construção de uma sociedade justa. Todos serviços oferecidos pela instituição são gratuitos, garantidos com recursos oriundos do governo federal, estadual, municipal, Câmara municipal, Avapae, nossos contribuintes, Afepol, doações da comunidade, trabalhos voluntários e a participação em eventos como festa do município e leilão de garrote. Só esclarecendo que a Apae hoje tem uma despesa mensal de aproximadamente quarenta mil reais, são quase quinhentos mil reais por ano para manter toda a estrutura com todos esses profissionais, grande parte deles estão aqui presentes hoje nos apoiando. Cinquenta por cento, a gente fez uma estatística, desses recursos vêm do governo federal, governo estadual, mas o nosso principal parceiro hoje é a prefeitura municipal de Venda Nova do Imigrante e também a nossa Câmara, como tem feito, tem repassado para nós o que sobra de caixa, que faz aquela divisão, uma parte vai para hospital e uma parte para a Apae. Com certeza essa ajuda, nos anos anteriores principalmente, os mais recente, do ano passado, em que ela chegou em boa hora, no final do ano e nos ajudou, porque a gente tem que pagar folha de pagamento de dezembro, décimo terceiro, e como os funcionários têm férias coletivas, saem de férias no mês janeiro, você também tem mais uma folha de pagamento, são três folhas. Esse dinheiro veio em uma hora muito propícia, foi muito útil e nos ajudou bastante. Então, os cinquenta por cento dos recursos vêm dos governos. Os outros cinquenta por cento a gente busca junto à comunidade, que são os nossos voluntários, a Avapae, as doações, a participação eventos. Para vocês terem uma ideia da importância do voluntariado, na última festa, que festa do município, nós utilizamos duzentos e oitenta e oito voluntários. Nas temos cadastradas trezentos voluntários e utilizamos duzentos e oitenta e oito. Foi um número recorde de receita que obtivemos naquele evento, na festa do município. Nós obtivemos cinquenta e nove mil reais de lucro líquido. Que em uma parceria que fizemos com o Rotary Club, o bingo também nos rendeu aproximadamente o valor e somando os dois valores nós tivemos uma receita de cento e dois mil reais. Isso reflete a importância da participação da comunidade, do voluntariado, que Venda Nova é uma cidade de voluntários por característica cultural. A semana nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla nasceu em mil novecentos e sessenta e quatro. A sociedade brasileira celebra a semana nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla antes denominada a semana nacional do excepcional. Na verdade, trocou-se o nome, antes era semana do excepcional e hoje é semana da pessoa com deficiência intelectual e múltipla. E vai do período dia vinte e um até o dia vinte e oito. Começa amanhã, hoje estamos oficialmente fazendo a abertura, mas ela começa amanhã no teatro, lá no centro cultural. Depois vamos estar falando toda a programação. Este movimento acontece por meio de manifestações públicas, das pessoas com deficiência e suas famílias em conjunto com instituições de atendimento e com a sociedade em geral, com o objetivo de sensibilizar governos e comunidades em relação às potencialidades das pessoas portadoras de deficiência. O tema debatido esse ano de dois mil e treze é "Desafiando os limites, diminuindo as diferenças". Durante essa semana a Apae de Venda Nova buscará refletir o tema em questão com uma programação voltada aos seus usuários, familiares e comunidade em geral. Nessa programação que começa amanhã, parte dela vai ser aberta ao público em geral e alguma programação é destinada ao público de usuários, familiares e profissionais. Amanhã a abertura no teatro acontece às nove horas da manhã, no centro cultural, e o público-alvo são os usuários e seus familiares, estudantes e convidados. E esse momento é fechado para o público em geral. Já na segunda apresentação, às dezenove horas, amanhã também, no centro cultural. Aí, o público-alvo são educadores, autoridades, convidados e comunidade geral. Aproveito momento para está convidando a todos os ouvintes da rádio FMZ, internautas que acompanham nesta sessão, público presente, para que a aproveitem esse momento, que participe conosco. Quem teve oportunidade no ano passado de assistir a peça, era muito bacana, muito interessante. São doze atores, todos com síndrome de Down e o momento de a gente ver que eles têm capacidade, tem potencialidade. Então, ficam todos convidados para amanhã, às sete horas, no teatro, para assistir à peça "O trânsito", apresentado pelo teatro "Novo" do Rio de Janeiro. Na quinta-feira é a oficina. Esse mesmo teatro que é coordenado pelo Rubens Emerich, psicólogo, que também vai estar na quinta e na sexta fazendo oficina. Aí já é para os nossos usuários e os nossos profissionais. Na segunda-feira a programação é interna e na terça-feira, dia vinte e sete, um momento de reflexão com os usuários para Apae, sobre o tema "Desafiando os limites, diminuindo as diferenças" e o local é a Casa da Cultura. Também o público alvo são os usuários e familiares. Finalizando, esse já é um dia que esse movimento já é aberto a comunidade em geral. Finalizando a semana a Apae de Venda Nova fechará com uma caminhada envolvendo a participação dos usuários alunos da instituição e seus familiares, amigos, funcionários, simpatizantes e instituições educacionais de ensino público e privado do município de Venda Nova. O objetivo é dar visibilidade o movimento apaiano em prol das pessoas com deficiência. A caminhada será no dia vinte e oito, com início as oito e trinta, em frente à Casa Perim e seguirá à Avenida Domingos Perim até a prefeitura. Precisamos apoiar e defender os direitos das pessoas com deficiência. É o nosso dever e a nossa responsabilidade. A Apae de Venda Nova está utilizando espaço da semana nacional da pessoa com deficiência intelectual e múltipla para realizar ações de promoção das questões voltadas a pessoa com deficiência que vão desde a luta pela defesa do direito das pessoas até conquista de novos espaços de inclusão. Concluindo, não basta somente ver a nossa Apae de Venda Nova como referência, uma Apae que tem toda uma estrutura, tem profissionais competentes, tudo funciona, e isso não são méritos para o presidente da Apae, mas mérito para a comunidade, essa comunidade que sempre que a gente precisa estar sempre nos apoiando. Agora, com essa semana, eu acho que é um momento para a gente refletir, para a gente procurar, apoiar esse movimento e ver que não é somente na Apae o serviço, mas que a comunidade também tem uma grande responsabilidade. Nós esperamos estar com todos vocês, vocês estarem com a gente nessa semana para que a gente possa alcançar o sucesso que a gente espera. O nosso pensamento, nosso objetivo como gestor da aquela entidade, fazer daquela instituição uma instituição à altura do merecimento de toda a sociedade de Venda Nova. Ficam aqui os nossos agradecimentos mais uma vez, agradecendo esta Casa pelo apoio recebido e a toda comunidade. Nosso boa noite e fique com Deus.”

Data de Publicação: terça-feira, 20 de agosto de 2013