Apresentação do relatório sobre o primeiro semestre de 2014 da Secretaria

“Em primeiro lugar gostaria de saudar a Câmara de vereadores, que sempre tão calorosa nos recebe, na pessoa do presidente Tiago Altoé, também saudar os presentes aqui, os funcionários, os internautas e rádio-ouvintes que nos ouvem. Na verdade, vir a Câmara é sempre uma honra e a sempre bom bate-papo que a gente traz aqui. Não priorizar é trazer para vocês ações e números, porque as ações e números fazem parte da audiência pública que por lei a secretaria municipal de saúde tem que demonstrar. Então, a nossa prestação de contas da quadrimestral, a gente presta contas ao Conselho Municipal de Saúde, as contas precisam ser aprovadas e depois a gente faz uma audiência pública. Por uma questão de dificuldade de agendamento, a gente ainda não marcou a primeira audiência pública que deveria ter sido marcado, mas a gente vai fazer os dois quadrimestres essa ainda esse mês, apresentando as ações que são realizadas. Na audiência pública é importante a presença dos vereadores, mas também da população de um modo geral, e por lei ela tem que ser realizada aqui, do espaço da Câmara de vereadores. Antes de começar a falar sobre a questão da saúde de Venda Nova, como da outra vez, gostaria de falar a respeito da questão de saúde do Brasil. Estamos passando por um momento muito difícil, antes eu dizia que era o momento de transição, mas essa transição está tão demorada que eu nem sei mais se é momento de transição. O fato é que o empoderamento do município respeito do cuidado da saúde dos munícipes é uma coisa que vinte vê com bons olhos. Quem está mais perto do usuário é o próprio município. É assim que deve ser, é assim que a lei prevê que é assim que a lei oito mil e oitenta previu na constituição do SUS e o SUS prevê isso. O SUS é aproximar o cidadão da saúde e da gestão da saúde. Ocorre, porém, que os recursos não estão acompanhando conforme deveria acontecer. Por que volto a falar de recurso? Por que recurso é fundamental, sem recurso a gente não implementar ações, não faz nada. A emenda complementar cento e quarenta e um já define que cabe ao município e investir quinze por cento da arrecadação em saúde. Tiago tinha comentado que gente falaria a respeito do primeiro semestre, mas vou adiantar para vocês que o que eu repassei para vocês são de dois quadrimestres, na verdade é de oito meses, não de seis. Vocês receberam uma folha basicamente com números, com gastos, liquidações e não com ações, porque achei que isso era mais interessante para a gente poder discutir. A estrutura que a gente tem de saúde hoje: nós temos seis unidades saúde, sendo que dessas seis vírgula cinco abriga Estratégia de Saúde da Família, três estão no interior, mais distante da sede e duas estão presentes aqui na sede do município, uma delas abrigado duas equipes de estratégia de saúde da família, que foi o modelo adotado pelo município para dar conta da atenção básica. Além disso, temos os médicos que a gente chama de médicos de apoio, que são médicos que apoiam na atenção básica na estratégia de saúde da família. Dentre as especialidades da rede municipal nós temos cardiologistas, temos uma dermatologista, cedida pelo estado, temos também dentro da rede municipal mesmo, cirurgião e ginecologista. Esses são os que compõem a rede municipal de saúde. Os outros nos atendem através do CIM Pedra Azul, as outras especialidades, que é um consórcio e intermunicipal da nossa região. Sabemos que isso não é suficiente para a gente dar conta da saúde como um todo, só que o próprio SUS prevê construção de redes, uma rede de atenção que deve ser organizada para garantir a integralidade. Parte dessa rede responsabilidade do município, parte do governo estadual e parte do governo federal. Não vou falar muito sobre isso, porque já falei sobre isso da outra vez que estive aqui, inclusive falando sobre a questão do custeio e como que ele funciona. Então, vou só passaram número para vocês a respeito do que a gente tem de atendimento médico. Por que médico? Porque atendimento médico é o parâmetro que a ONS, que o ministério da saúde utiliza para poder qualificar a saúde. Tanto é que tem o "Mais médicos" e outra categoria. Então, esse ano, no segundo quadrimestre, nós atendemos trinta e seis mil e quinhentos e setenta e quatro consultas. Dessas, vinte e cinco mil e quinhentos e oito foram em atenção básica e onze mil e sessenta e seis em atenção especializada. Dentro do perfil do município, do histórico que tenho acompanhado, o que vejo é que gente tem um aumento progressivo dos atendimentos por atenção especializada em detrimento da atenção básica, não que tenha diminuído o número da atenção básica, mas tem crescido o atendimento de especialidades. Tanto que a gente hoje tem uma oferta maior, tem um serviço que está mais estruturado em algumas especialidades, não em todas, como também o crescente da complexidade da própria estrutura, da própria saúde do indivíduo. Quanto mais aumenta a expectativa de vida, maiores são as chances de complicações lá na frente. Então, é importante que tenha um endocrinologista. Temos um endocrinologista na rede também. Então, que tenha um endocrinologista e um cardiologista. A constituição de rede pelo SUS já está prevista inclusive que cardiologia e endocrinologia passem a integrar o hall da atenção básica, porque com o aumento da longevidade, com o surgimento dessas doenças que são esperadas com o passar dos anos, diabetes, hipertensão, essas duas especialidades naturalmente tem que fazer parte do escopo e nesse ponto Venda Nova já está frente. Em termos de números poderia passar para vocês o número de exames realizados, mas acho que isso fica para audiência pública e a gente pode discutir mais sobre isso. Então, gostaria de passar para vocês um pouco do que eu acho que é o futuro do nosso município. Precisamos criar uma estratégia de lidar com os desafios que vem pela frente. Não está sendo possível contar só com o que é repassado pelo governo federal, pelo governo estadual e você sabe muito bem que o poder público municipal cada vez tem mais dificuldade para conseguir recurso, por que o recurso vem da arrecadação. Então, à medida que a arrecadação aumenta, a gente também aumenta, mas Venda Nova tem uma perspectiva de aumento de arrecadação, mas que eu acredito que não será suficiente para poder dar conta das demandas de saúde, inclusive na atenção básica. É dito que a gente tem sempre que arriscar, a gente tem sempre de ser um empreendedor, mas a gente não pode ser empreendedor sem juízo, tem que ser empreendedor com juízo, pensar no que você vai deixar, não para a próxima gestão, mas para a próxima geração. Tem que pensar grande, pensar longe em termos dia organização do sistema de saúde. Então, dois mil e quinze é o ano que vinte espera, que a gente consiga fazer ações que melhore a qualidade vida do nosso usuário do sistema de saúde através da melhoria das condições de atendimento da atenção básica, da ampliação da atenção básica. Só que isso não tem sido fácil, é um desafio constante não tem sido fácil, justamente pela questão do custeio. O custeio é que emperra tudo. Vou aproveitar um pouco a fala do vereador Everaldo, que falou a respeito da questão do número de funcionários. Não só o número, como a gente vai avaliar o impacto sobre a folha, o percentual disso sobre a folha, mas também que tipo de funcionário você está incorporando ao serviço. Tem funcionários mais caros e tem funcionários que são mais baratos, de acordo com a especificidade que executa. Por exemplo, na saúde temos duzentos e treze funcionários hoje, mas eu diria que preciso de muito mais, se eu quiser expandir a atenção básica, vou precisar de muito mais. Para cada equipe de estratégia de saúde da família especificamente tem que ter um médico, um enfermeiro, um dentista, um auxiliar de enfermagem, um motorista e mais, se eu for abrir uma nova unidade, vou ter que ter uma servente, enfim. Então, como ele mesmo disse, quando você vai pensar nisso, tem que pensar no impacto que isso vai criar no seu município. Atualmente a minha folha, se eu pegar inteira, incluindo gás que a gente tem com as obrigações patronais, vai dar em torno de quarenta e seis por cento. Se pegar o recurso próprio, o que eu pago com recurso próprio, vai dar em torno de vinte e nove a trinta por cento. Só que a gente está falando especificamente da saúde, dos gastos que tenho com saúde. Então, fica aquele negócio, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. A gente fica naquela coisa: o que eu vou fazer? Vou avançar e viu que vai dar? A gente sabe que com dinheiro público a gente não pode avançar de ver o que dá, tem que avançar com pé no chão e anda devagar nessa história. Então, essa folha que está com vocês, que vocês podem acompanhar, vocês vão ver o que a gente gasta hoje, o que a média complexidade de atenção básica. Então, a gente atualmente gasta trinta e sete por cento com média e alta complexidade dos recursos que a gente recebe, tanto de convênio quanto de recurso próprio. Desse montante que a gente está gastando, trinta e sete por cento, isso representa três milhão e de quinhentos e trinta e sete nos dois quadrimestres. O que eu poderia fazer em termos de atenção básica, se de fato as coisas fossem como deveriam ser, ou seja, o estado investido doze por cento do recurso em média e alta complexidade e o governo federal, que pela cento e quarenta e um teria dez anos para investir três por cento do recurso do PIB em saúde, mas esse valor não é indexado. Como que o governo federal repassa recurso? Através de programas. O programa é uma coisa que ele tira a hora que quer, não tem garantias e esse repasse, o município tem autonomia para gerir esses recursos, mas quando ele chega. Se ele não chega, você vai gerir o quê? Então, é muito difícil, é um impasse que não depende só do município para a gente conseguir vencer. Vocês podem reparar também que vocês aprovaram alterações no orçamento. Todas as alterações de orçamento, referentes a orçamento da saúde são por incorporação de recurso do governo federal através de projetos. Desses recursos todos nós temos aqui, por exemplo, hoje na saúde de Venda Nova, do que chega do governo federal, do que chega de recurso de convênio, quarenta e seis vírgula trinta e dois por cento desses recursos vão para o Hospital Padre Máximo. Por quê? Porque lá são realizadas as ações de média e alta complexidade. Então, as cirurgias, enfim, são realizadas no hospital e a gente repasse esse recurso. Na verdade, como uma unidade gestores e de gestão plena, mas temos a obrigação de gerir o recurso. Então, os convênios firmados com qualquer entidade de saúde dentro do município, seja com o governo federal ou outra entidade, o governo estadual, tem que passar pela Secretaria Municipal de Saúde e ela que gere esse recurso e faz também o monitoramento e avaliação das metas que foram estabelecidas. Então, de trinta e  sete por cento que a gente gasta com média e alta complexidade, e eu acho que a gente tem que gastar mesmo, mas gente fica meio privado de gastar com a atenção básica, que é o nosso dever de casa, é o que a gente deve fazer. É um caminho sem volta, porque realmente não população precisa, não podemos deixar a nossa obrigação. O negócio é como se desenrola isso, de que maneira vamos desatar esses nós. Além disso, gostaria de salientar que quando a gente parte para a fonte de recurso, o recurso que a gente gasta por fonte, vocês estão vendo aí, a saúde de Venda Nova bancada em grande parte pelo poder público municipal e nós gastamos sessenta e um por cento de recurso próprio na saúde, e somente trinta e nove por cento de outras fontes de recursos, que como eu disse para vocês, quarenta e seis por cento dessa fonte é destinada a única unidade que este tem de média e alta complexidade, que é o Hospital Padre Máximo. Falando ainda nessa questão de convênios e de como são os repasses do dinheiro dentro do comando único, gostaria de chamar a atenção de vocês, não sei se já chegou ao conhecimento de vocês, mas existe uma lei, uma lei do governo federal, uma lei federal, que é a lei de número treze mil e dezenove, de trinta e um de julho de dois mil e catorze, que redefine o formato de contrato do poder público, de transferências voluntárias envolvendo ou não recursos, com qualquer da modernização da sociedade civil. Então, essa lei determina além do formato de contrato, determina o que eu acho muito positivo, e que nesse ponto a gente tem que profissionalizar mesmo, é o formato de prestação de contas e de comprimento de metas, ou seja, é como uma compra de serviços, como deveria ser. Deixa o tentar explicar para quem está em casa, talvez vocês consigam entender isso, mas quem está em casa não entenda. O que ocorre na prestação de serviços de média e alta complexidade, ou seja, as consultas especializadas, cirurgias, exames radiológicos de modo geral, os exames de média e alta complexidade é o seguinte, o Brasil foi passando por algumas fases em termos de construção de sistema de saúde. Então, até mil e novecentos e noventa não tínhamos um sistema único, um sistema que fosse universal. A gente tinha, por exemplo, quem se lembra disso, ou INPS. Então, você só poderia ser atendido pelo serviço de saúde se tivesse a carteirinha, ou seja, se você fosse contribuinte da previdência social. O SUS foi um grande avanço, porque o universalizou a saúde, tornou a saúde acessível a todos. Ainda tem alguns desafios, mas o grande avanço do SUS foi esse. Hoje em dia saúde está ao alcance de todos. Não vou discutir com vocês qualidade, mas está ao alcance de todos e dever do estado. Então, ao longo dessa trajetória existiam, por exemplo, os hospitais, as Santas Casas de Misericórdia, os filantrópicos, como é o caso do Hospital Padre Máximo. E o que a gestão do sistema de saúde resolveu? Resolveu o seguinte: não vou construir hospitais novos, vou aproveitar os que já têm e vou investir nesses hospitais para fazer uma parceria. Aconteceu com as Santas Casas, como hospitais e até mesmo privados. Porque a parceria era e é interessante. O problema é que muitas vezes essas parcerias, graças a Deus não é o nosso caso, tinham um cunho e uma forma de prestação de contas que dava margem a desvio de verbas, enfim, como vocês todos sabem que isso pode acontecer com qualquer parceria, ONGs e etc. Então, a um esforço do governo federal no sentido de que cada vez menos haja espaço para esse tipo de coisa. Hoje já melhorou muito, mas esse instrumento é mais um instrumento para que a gente tem de coibir esse tipo de coisa. Então, se vocês tiverem a oportunidade, acho que vocês têm uma cópia dessa lei, de dar uma olhada depois, porque essa lei instituiu de que forma deve ser contratualizado, ou seja, toda contratualização tem que ter um chamamento público, então, tem que fazer um edital de chamamento público. É a forma da lei que entrou em vigor no dia primeiro de novembro. Outra coisa é a prestação de contas, que passa a ser mais rígida do ponto de vista, na nossa realidade não mudou muita coisa, só a formação, tem que formar par direito para que gente possa instrumentalizar melhor e acompanhar melhor o processo vir ao mas é uma compra de serviço. O município ou o estado comprando o serviço de uma entidade que não é uma entidade própria, não é uma pessoa jurídica de direito público de cinco de direito privado. Gostaria só de fazer uma observação com relação a filantropia, porque é uma questão sorte do me fatura. Temos aqui um advogado que pode me ajudar, se eu estiver falando besteira, mas é uma questão só de nomenclatura. Por exemplo, uma entidade filantrópica e geralmente têm uma mantenedora. Ela é uma entidade também sem fins lucrativos, mas geralmente têm uma mantenedora, tem uma instituição por trás dela que a mantém. Então, ela presta serviços em termos gratuitamente e ela não pode vender serviços, o que não é o caso do Hospital Padre Máximo, que uma entidade beneficentes sem fins lucrativos. Ele pode vender serviços, ele pode vender serviços que ele tem e também fazer convênios, prestar serviços ao sus, enfim. Então, e isso uma coisa é que é importante a gente deixar claro aqui, que a forma de contratualização e também a forma de prestação de contas de acompanhamento das metas vou ser melhor definidas e vão ser mais rígidas a partir da publicação desta lei aqui. Além disso, que eu acho importante, que eu separei para falar aqui, antes de abrir para vocês fazerem as perguntas, gostaria de falar sobre duas coisas importantes, aproveitando o espaço da Câmara que ouvido por todo mundo. Venda Nova do Imigrante sempre foi considerada uma cidade livre da dengue. Agora para vocês ouvintes e internautas, nós sempre tivemos a sensação de que todos os casos de dengue que existiam em Venda Nova, que eventualmente existiram, foram importados, ou seja, pessoa viajou, pegou dengue e veio para casa, ou, sei lá, o mosquito viajou e picou a pessoa aqui. Essa realidade, a partir do mês de agosto, não existe mais. Na verdade, sempre tivemos o mosquito da dengue aqui, só que a gente achava que não estava infestado, porque não tínhamos nenhum caso de dengue, de uma pessoa que tivesse sido picada e a transmissão tivesse sido no município. Essa realidade mudou. Tivemos um caso de dengue grave, inclusive com óbito, que ocorreu na comunidade de São João de Viçosa e essa pessoa não tinha viajado. Essa pessoa pegou dengue no município de Venda Nova. E isso muda totalmente, não a nossa realidade, mas muda a nossa forma de pensar, principalmente para a comunidade médica, porque a história e epidemiológica, ou seja, a sua história naquele período da doença contavam muito, hoje em dia não conta. Então, uma pessoa que está com dor no corpo, febre, sintomas de dengue, inclusive hoje tivemos uma pessoa do estado aqui para fazer essa capacitação com os profissionais médicos e de enfermagem. Então, antes eu tinha o cuidado de perguntar: você viajou? Nos últimos quinze dias foi para Vitória, foi para a vila velha, foi para Guarapari? Então, se a pessoa dissesse que não, jogava a dengue lá atrás como diagnóstico. A partir do momento que eu tenho um caso aqui dentro de um mosquito que também nasceu aqui, que se contaminou aqui, essa realidade mudou totalmente, essa pergunta não faz mais sentido, não importa se ele viajou o deixou de viajar, eu tenho que suspeitar de dengue. Se ele tem sintomas da dengue, tem que suspeita de dengue. Essa vai para os médicos. Agora, para a comunidade. Quem achava que Venda Nova não tem risco de ter dengue, deixava o seu pneu coletando água, deixava todo recipiente que pode coletar água a céu aberto, vamos agora começar a pensar que temos dengue no município e que todo cuidado que vocês viam na televisão, que Vitória, Rio de Janeiro, Vila Velha, Guarapari e Cachoeiro tomavam, vocês também têm que tomar. A participação da comunidade no combate a dengue é fundamental. O município já faz, no caso de dengue, a gente tem que fazer o bloqueio, tem que jogar veneno naquela região onde houve o caso, sempre que houver uma notificação tem que fazer isso, mas agora a comunidade conclamar a participar disso. Lembrando que o verão está chegando e que a proliferação do mosquito aumenta no verão e a chance de pegar dengue aumenta também. Então, para vocês que estão em casa, não é para alarmar, mas é para deixar de ficar tão tranquilo quanto está. A questão da gravidade, o mosquito aqui não é mais grave. A questão é seguinte, a gravidade da dengue depende de uma série de fatores, mas o principal fator é a relação que tem entre a pessoa que pegou o em s que foi transmitido. É relação que a gente chama de agente hospedeiro. Essa relação que faz a diferença. Então, não importa se a sua dengue clássica ou é grave, o que importa é a gente cuidar, por que o vetor que transmite a dengue é onde a gente tem que atuar primeira. Então, não vamos deixar acumular água e deixar a água parada. Isso é importante. A população tem que ter essa consciência. Venda Nova sempre foi uma população muito o ordeira e muito cuidadosa. Então, só vale esse alerta para ficar mais cuidadosa ainda. Outro assunto que gostaria de relembrar, é o Novembro Azul. Então, o mês de novembro dedicado à saúde do homem, principalmente a prevenção do câncer de próstata, que é um câncer que mata, o maior índice de morte entre homens, especificamente, por ser uma doença específica do homem, é o câncer de próstata que é uma doença que é facilmente previnível. Se for pego lá no início da doença agente conseguem uma taxa de cura maior do que noventa por cento. Então, é importante que esse mês se dedique, principalmente quem tem mais de quarenta anos, acho que aqui nessa sala, dos vereadores, poucos escapam, é importante o exame clínico da próstata, é importante fazer o PSA. Vocês já tiveram aqui enfermeira Helane, já passou por aqui, já deixou um recado, no dia seis, as dezesseis horas, que na frente da prefeitura, vai sair uma caminhada para a Vila da Mata. Então, essa é uma ação e haverá outra ação que vai pegar o município inteiro, mas que está capitaneado pela unidade de saúde do Minete, enfim, é o mês, como teve um mês de conscientização do câncer de mama e de colo de útero, o Outubro Rosa, nós também temos o Novembro Azul. O que mais gostaria de falar sobre a saúde de Venda Nova do Imigrante o fortalecimento do conselho municipal de saúde. Conselho municipal de saúde tem trabalhado muito em questões muito importantes para saúde de Venda Nova e tem trazido bastante melhorias para a qualidade de vida da nossa população e também a sensação de que a população está participando. Fizemos reuniões nas comunidades um tema específico, foi questão dos farmacêuticos e foi bem legal, foi muito bom ver comunidade participando de uma forma realmente contribuindo para a construção, apontando os defeitos, mas contribuindo, porque não temos que ter medo de ter defeito apontado. É quando você apontou defeito é que você vai buscar a solução é buscar a melhoria da daquilo. O Delei participou de uma, tivemos reuniões no Caxixe, Vargem Grande e outras localidades. Foi muito produtiva. A gente agora espera tornar isso uma coisa mais constante, incentivando a formação dos conselhos locais saúde também. A questão do laboratório, o equipamento deve chegar nessa semana, vai voltando na questão da empregabilidade e da contratação de funcionário, às vezes, nem que seja uma contratação temporária, ela é necessária ser feita, porque, por exemplo, estou com dificuldade um ano o laboratório para conseguir fazer a instalação elétrica, não por incompetência, mas realmente por sobrecarga. Então, certas contratações temporárias, enfim, são necessárias. É importante que isso também seja colocado na balança. Outra coisa que é um ganho, mas tem gente tem que pensar em termos não de contratação, mas de impacto sobre a folha que a questão do estatuto. O estatuto é um ganho importante e a gente ainda não sabe ao certo quanto que ele vai contribuir e acredito que ele vai contribuir não para aumentar o impacto da folha, mas pelo contrário, porque deixando de ser CLT de tendo um regime específico, acredito que todas as mudanças que forem feitas a gente vai conseguir ver esse panorama, mas só no final do ano mesmo, que é quando todas as demissões determinadas forem feitas e acabar de pagar esse resto de direitos trabalhistas que tem. Por último, a informatização das unidades até o final do ano é gente espera implantar o prontuário eletrônico, já compramos os computadores, mas querem plantar primeiro em uma unidade para a gente ir testando e tirando as dúvidas, aprimorando sistema para depois expandir para todas as unidades. Então, em dois mil e quinze teremos a pessoa consultando na unidade de saúde dela, mas passará a ser acessível em todas as novidades de saúde aonde ela for. Então, se o Everaldo hoje consultar em Vargem Grande, o médico vai descrever a consulta dele, mas amanhã ele precisa ir no Minete, é só puxar a ficha dele e vai estar lá descrito o prontuário dele. Isso vai servir para todas as unidades, tanto aqui da sede, quanto para o interior. Eu acho que isso é um grande avanço, não é um luxo, uma necessidade e um grande avanço seguinte vai ter na saúde. A minha fala essa e agora fico à disposição de vocês.”
2ª Parte
“Gostaria de pedir a paciência de vocês um pouco porque vou explicar algumas coisas e outras gostaria de dar um pouco mais de gás. Então, com relação à primeira pergunta que foi a pergunta sobre vacinação de cães. Sabe aquela história que em casa de ferreiro um espeto de pau? É exatamente o que aconteceu com os laboratórios produtores de vacina e de PPD, que é um reagente para teste de tuberculose. O que acontece? O Vital Brasil, instituto de Manguinhos, fabricava as vacinas antirrábicas, não sem qualidade, mas em um processo de fabricação arcaico, desde o mais ou menos mil e novecentos e setenta, que não havia nenhuma modificação nisso. A Anvisa já vinha alertando esses institutos, que são institutos federais, de que havia a necessidade de modernização do processo. E eles foram postergando, até que em um momento Anvisa falou, ou vocês fazem ou vamos fechar vocês. É o próprio poder público cortando a própria carne. Então, nesse momento eles estão com a capacidade reduzida de fabricação de vacina e eles cortaram a principal que é a antirrábica, porque apesar de ser uma doença letal, é uma doença que a reincidência é menor. Então, as outras vacinas continuam sendo produzidas e enquanto os equipamentos estão sendo reformulados, o país, de um modo geral, está com quantitativo reduzido de vacina antirrábica. O estado não tem vacina antirrábica para as vacinações de rotina. Então, o prazo de normalização para isso esperado é março de dois mil e quinze. Até lá, se houver algum caso de suspeita, o quantitativo que o estado está segurando é deslocado para essa região, mas as vacinas de rotina de cães estão temporariamente só para os casos de emergência. Por isso, na região norte é feita, porque lá, não só pelo caso dos cães, mas por causa dos animais silvestres que também transmitem a raiva e a incidência é maior. Então, é uma questão do estado não só para vacina antirrábica, mas também para PPD, teste para tuberculose. Com relação ao número de faltas, no último levantamento que a gente fez, haviam oito por cento de faltosos do nosso município. Nós não temos essa realidade de tanta falta, como tem, por exemplo, a Grande Vitória, porque lá o sujeito está perto. Então, ele fala que não vai hoje, mas amanhã vai. Então, ele falta muito. O que nós temos muito é recusa, ou seja, é preciso fazer uma ultrassonografia que eu não faço no município e tem que ir para a vitória. Então, não quero, se é para Vitória não quero. Isso a gente não tem como quantificar, porque quando é recusa não fica com a gente o papel. Então, não se quantificar o número de recusa, mas a gente tem alguns casos onde há a recusa, mas na maioria das vezes a pessoa juntou dinheiro e faz particular, porque prefere não ir para Vitória. Então, isso que acontece aqui, não temos um número muito grande, nem dos ônibus, na ida, não temos essa realidade. Dentro dessa realidade gostaria de passar para vocês uma informação que eu acho importante. O estado tem um fórum de contratualização, ou seja, as entidades e os serviços que o estado compre os prestadores e o próprio estado e nesse fórum tem assento alguns municípios e tem os municípios, que apesar de não ter assento, de vez em quando eu vou. É muito engraçado, porque o prestador disse assim: eu tenho vaga sobrando. Vocês contrataram cem vagas e só mandaram oitenta pacientes. O município fala assim: mas eu tenho cento e cinqüenta na fila esperando. Você não consegue entender essa lógica. Não estou aqui para julgar, seria leviandade minha dizer qualquer coisa, mas essa caixa-preta ninguém consegue abrir, ninguém consegue entender. É muito frequento prestador reclamar que contratou uma determinada meta, não consegue executar o que o estado não envia e ao mesmo tempo os municípios estão desesperados querendo a vaga e não conseguem. Tenho hipóteses que eu poderia conversar com vocês, mas só em particular. Aqui de público não tenho coragem de falar. Enfim, um essa é uma outra realidade. O Everaldo pediu para lembrar da campanha de vacinação, na semana que vem, sábado agora teremos a campanha de multivacinação. Então, levar as crianças para vacinar, é aquela que acontece no meio do ano eu não sei porque foi adiada, posso inferir que seja por causa do processo eleitoral, mas está ali para ser realizada no dia vinte e dois também. Só que no nosso município a gente tem quantitativo que geralmente a gente consegue dar conta só nenhum dia, mas no dia vinte e dois vamos abrir a unidade de saúde do Minete também o dia inteiro, por causa de alguém que passe por aqui e etc., ou aquela que ficou para a gente fazer um resgate. O percentual de gasto com a saúde que determina a cento e quarenta e uma de quinze por cento. Ao final dos dois primeiros quadrimestres de estamos gastando vinte e  oito vírgula vinte e quatro por cento, que foi a pergunta que o Delei fez. Então, o gasto que a gente está tendo é quase o dobro do que determina a lei complementar cento quarenta e um. Se vocês forem procurar para a educação, aí um gancho para entrar na pergunta que Chico fez, a educação também, que tem uma estimativa de vinte e cinco por cento pela cento e quarenta e um, está gastando mais de trinta, ou seja, sobra muito pouca coisa para as outras áreas. Respondendo a pergunta do Tarcísio a respeito da hemodiálise. Vou falar, Tarcísio, que essa pergunta vou responder dentro de um contexto, porque vou responder a uma outra pergunta do Francisco também. Essa questão que eu já tinha falado sobre a lei treze mil e dezenove, na verdade já começa a ser aplicada agora, mas os contratos vigentes não são afetados e continuam como estão. Na nossa realidade, da saúde, que o nosso contrato com a saúde, não vai mudar muita coisa, só vai mudar a forma, o formato vai mudar, mas não vai alterar tanto assim a relação. É uma entidade que é a única dentro do município. Então, é importante a gente profissionalizar essa relação, que é uma outra coisa que vou responder ao Francisco. Dentro da proposta da dengue gostaria de dizer o seguinte, entre novembro e dezembro temos um calendário para coleta de entulho. Peço aos munícipes que entre em contato com seus agentes comunitários de saúde, custou a folhetos estão sendo realizados, eu esquecia as datas, mas começa no já, tem todo um cronograma, depois a gente pode divulgar, na gente também vai divulgar isso no site da prefeitura e também procurem seus agentes comunitários de saúde, porque eles já sabem as datas, mas por favor, é aquela história, separarem seu entulho, mas não é para separar uma semana antes de deixar lá acumulando água, é justamente para combater a dengue mesa não é para cultivar o mosquito. Vamos prestar atenção nisso. Outra coisa que Tiago pediu para lembrar que realmente eu acho importante, quando falei a respeito do prontuário eletrônico, não quer dizer o seguinte, que vai virar oba-oba e você pode ficar pulando, você continua vinculado à sua unidade de saúde, só que eventualmente, quando você precisar de uma consulta de especialidade, o seu prontuário vai estar ali, mas o usuário continua vinculado à área que pertence, o posto de saúde do qual faz parte. Queria fazer ainda uma observação, só título de contribuição, sobre a questão que você falou da educação e da saúde, Delei, ela não tem aumentado, ela é a diferencial. Hoje, por exemplo, com a inclusão, com a proposta de inclusão do governo federal, isso quero deixar bem claro, o governo federal no último da a opção de você aceitar ou não, ele impõe. Você pode dizer que não, mas não vai receber recurso nenhum. Eu posso, por exemplo, hoje, mudar tudo. É obrigatório ter estratégia de saúde da família? Não é, possa adotar um outro sistema para a atenção básica, só que se eu tiver, eu não recebo nenhum recurso nesse sentido. Então, ele não te obriga, mas te obriga, é tipo uma chantagem. Então, fase que eu quero, se não, não te dou dinheiro. O governo federal é bom ou ruim? Não estou aqui para discutir isso, aí vou entrar na questão que Francisco colocou, eu não sei qual é o caminho, Francisco, sei que o que precisa ser feito na reforma política tem que acompanhar também a reforma tributária nesse sentido do pacto federativo, é que empoderar o município no sentido de autonomia de ação é maravilhoso e deve ser feito. A questão é como custear isso. A gente vê que os municípios estão cada vez perdendo mais recursos. Você dá uma ação maior. Outra coisa, o ministério público tem tido um papel que eu acho crucial e aqui eu gostaria de fazer um elogio ao ministério público, porque alguém tem que espremer isso. Eu sei que, às vezes, é o executivo e eu como integrante do executivo, às vezes, a gente sofre, mas é isso, o ministério público está aí para cobrar isso mesmo, porque alguém tem que cobrar, alguém tem que dizer que isso precisa ser feito porque a população precisa. Então, às vezes, a gente passa uns apertos, mas o ministério público está ali dizendo que tem que ser feito e isso é importante, porque com essa pressão a coisa anda, apertado, a ranger de dentes, a desespero, mas anda. O ministério público daqui de Venda Nova tem sido muito parceiro nesse sentido, de cobrar, mas também de dar esse suporte. A gente precisa compreender as dificuldades também. Então, acho que esse é um dos parceiros que a gente tem. O outro é o usuário, a população. O controle social faz parte do sus, está prevista no sus, mas assim como está previsto no sus, o conselho de educação está previsto, o conselho de assistência está previsto. Esses conselhos estão para exatamente criar um fórum formal, oficial, para participação social, para a participação e construção. Não é um órgão fiscalizador só, é um órgão participativo, construtor da realidade. Então, por isso as reuniões são bacanas, porque é a comunidade construindo. Quando você tem alguma coisa sua, que você ganhou, facilmente, você não dá valor, mas quando você constrói você costuma dar valor, você cuida da aquilo que você constrói. Então, quando você constrói a saúde do seu município, você ajuda a cuidar, quando você constrói o município, você ajuda a cuidar que é esse o objetivo de fomentar os conselhos e a participação popular. "Saúde da estrada" é uma iniciativa privada, que é do posto Ipiranga e que conta com a parceria do município. A gente sempre dar essa parceria através dos profissionais que vão lá. Então, acho bacana, e reforço, vale a pena vir, é voltado para o caminhoneiro, porque o caminhoneiro vive na estrada e não tem tempo. Então, ele chega ali e vê a pressão dele, olha a glicemia. É legal, mas a comunidade também participa. Queria explicar para vocês o seguinte, como se estrutura a um sistema universal de saúde. A gente tem vários modelos pelo mundo. Vou citar para vocês o modelo inglês, que é mais ou menos o nosso, que a gente tenta adotar. A saúde na Inglaterra é o universal. Vocês estão falando de IPTU aqui, não vou entrar nesse mérito, mas os impostos na Inglaterra são altíssimos, mas custeiam de fato os serviços que são prestados. Então, como ela? A saúde também é universal, todo mundo tem direito, é regionalizado, a atenção básica é que a condutora de todo o processo. Então, como eles fizeram lá? Eles foram um pouco mais espertos do que o nosso sistema. Eles contratualizam com o médico e o médico tem a sua lista de pacientes que essa lista de pacientes é responsabilidade dele. Então vila quando o cara está com um problema porque não conseguiu atendimento, ele não vai atrás secretário, vai atrás do médico, ele liga para ele que fala: eu preciso do seu atendimento. Ele é bem remunerado por isso, só que de fato funciona como condutor do cara dentro do sistema de saúde. Como é o sistema de saúde e ideal? O cara chega por uma necessidade dele ou por uma prevenção, e teria conduzido por dentro do sistema de saúde pelo profissional da atenção básica. Então, você sabe que mais de oitenta por cento das coisas são resolvidas na atenção básica. Então, se o meu problema é um problema de dor de cabeça e etc., e o médico da atenção básica percebe que aquilo ali vai necessitar de uma tomografia, que é um exame especializado, ele não vai sair de lá e procurar um neurologista, ele sai de lá com a tomografia de marcada. O médico não simplesmente joga o cara, ele pede a avaliação do colega, mas a responsabilidade do paciente é dele, o vínculo é feito com ele. Aí, ele recebe de acordo com o número de pacientes que ele tem na lista dele. Então, se ele tem cinqüenta pacientes, ele vai receber mensalmente por cinqüenta pacientes. Ele não recebe pelas consultas, pela produção, ele recebe pela responsabilidade pelo paciente. Então, se ele vai consultar ou não ele vai continuar recebendo pelos cinqüenta. Mas se o cara precisar meia-noite, ele vai ligar para ele meia-noite e se ele não atender ele perde esse paciente. Então, é um sistema que funciona. Dentro desse sistema que funciona você pega as ações que são ações amplas e de baixo custo, e é direcionado, é regionalizado. Então, lá tem os consultórios, lá não tem postos, depois eles têm os serviços de pronto atendimento e assim vai afunilando de acordo com o grau de tecnologia que você precisa e o custo. Então, eles têm poucos hospitais universitários grandes, mas que são bem localizados no centro de uma determinada região e depois vão às pequenas clínicas, os especialistas e até a atenção básica foi. No caso da hemodiálise é um equipamento de altíssimo custo e só funciona com base na escala. Isso quer dizer que se eu montar um centro de hemodiálise para atender oito a dez pacientes, ele não se sustento, aliás ele dá muito prejuízo que é inviável do ponto de vista de saúde pública ou até mesmo da particular. Ele precisa atender pelo menos duzentos pacientes para poder dar para equiparar. Realmente, o paciente da hemodiálise é um paciente que sofre muito, porque faz, às vezes, duas a três vezes por semana, às vezes por prazo indeterminado e que é um limitante da vida dele. Que a gente procura fazer aqui é dar a melhor condição para ele ir e voltar a Vitória. Inclusive tem um carro específico, vocês viram que tem duas vans aqui embaixo, uma dessas vans é da hemodiálise. Agradeço imensamente Savinho, que é quem emprestou a van da Agricultura durante um bom tempo para a gente fazer esse transporte, porque a van inicialmente quebrou. Aí, respondendo sobre a questão de que alguém falou do dinheiro do Fundo Cidades. Dessas vãs, uma delas é comprada com dinheiro do Fundo Cidades. Enfim, é assim que funciona o sistema saúde. Agora, respondendo à pergunta da relação com o Hospital Padre Máximo. A relação com o Hospital Padre Máximo sempre foi boa, desde que eu assumi a gestão. Ele é o hospital teve que tem. Os alunos do Ifes não são todos daqui, mas vou contar para vocês rapidinho a história do Hospital Padre Máximo. O Hospital Padre Máximo, além de ser um hospital que nos atente, tem uma história de afetividade muito grande com a população vendanovense, porque esse hospital é um hospital fruto da vontade do povo vendanovense, assim como são as escolas iniciais. O Hospital Padre Máximo meio que representa o voluntariado, representa uma série de valores que o vendanovense tem. Não sou vendanovense, mas outro dia vi o dom Décio dando uma entrevista na rádio e ele fala, as pessoas falam do Hospital Padre Máximo com emoção, porque isso tem uma relação afetiva. A gente não pode deixar essa relação afetiva não acompanhar a evolução dos tempos também. A gente tem que profissionalizar as relações. Até por uma questão de sustentabilidade e a viabilidade. Então, Chico, gostaria de fazer um pedido de desculpas à Câmara, porque quando o orçamento subiu para dois mil e quinze, o valor veio o valor de dois mil e doze. Eu pedia Maria para corrigir e na hora ela anotou, mas na hora da digitação não digitou de novo. A nossa proposta do executivo, é o mesmo valor que a gente fez em dois mil e treze, ou um milhão e novecentos e vinte por ano. Sei que para o hospital talvez não seja o suficiente, mas agora vou entrar em um outro assunto que vou falar um pouco, Paulinho, sobre essa questão de estar na secretaria. Sou um aluno de escola pública, sempre estudei escola pública, fiz universidade pública. Então, esse país investiu em mim, investiu na minha formação, sempre foi médico de saúde pública, e chegou um momento da minha vida onde ser secretário de saúde não foi uma oportunidade, de certa forma foi, mas foi uma necessidade. É a minha forma de contribuir com o meu país, com meu município e com a saúde do Brasil. Eu aceitei esse desafio por causa disso. Outro aspecto é porque tem uma história, que é o seguinte, tinha um monte de sapos subindo na parede e a galera lá embaixo: não vão conseguir, nunca vai chegar lá, e o sapo só caindo. De repente chegou um sapo lá em cima, e tudo muda os parabéns. Quando sapo desceu, foram entrevistadas sapo: como foi para você? Mas o sapo era surdo e não ouvia. Então, essas mensagens de falta de incentivo não chegaram, não abalaram a credibilidade dele e ele tocou o caminho dele. Então, um dos motivos de eu estar nessa gestão justamente esse, eu ouvi muita gente dizendo que não tem jeito, que sus não tem jeito, que saúde pública não tem jeito. E o falei: deixa eu entrar lá, não que eu vá fazer milagre, mas eu quero ver se realmente não tem. O que falta? Estou aqui nessa base e vejo tanta coisa que pode ser feito, o que falta. Então, essa era uma curiosidade minha, esse é um desafio. Por isso que aceitei esse desafio da gestão. Então, falando sobre isso, um onde eu quero chegar? Mostrei para vocês aí o quanto a gente gasta na atenção básica e o quanto a gente gasta com média e alta complexidade. Eu não pretendo também figurar nesse cargo como mero figurante. Não posso imaginar que vou ficar simplesmente trocando seis por meia dúzia. Durante dois mil e catorze a relação com o Hospital Padre Máximo foi uma relação de extrema ajuda a, porque a gente precisava ajudar aquela instituição que passou por um momento muito difícil nos anos de dois mil e onze e dois mil e doze. Mas nós não podemos sacrificar o nosso orçamento da atenção básica, se não, não consigo fazer nada. Aí, não sou surdo, sou o sapo que não é surdo, essa falta de incentivo pode acontecer, porque realmente se precisa recursos para fazer alguma coisa, você precisa dos recursos. Por mais que você seja inovador e criativo, estratégico, etc., sem recurso você não realiza. Então, na minha lógica a gente manteria esse um milhão e novecentos e vinte, que é o repasse que a gente passa atualmente, são cento e sessenta mil reais por mês, para o pronto atendimento. Pronto atendimento é atenção básica, pronto atendimento não é a média e alta complexidade. Urgência e emergência sim, é média e alta complexidade e cabe ao estado financiar. O diálogo com o estado é que tem que ser reforçado, Francisco, com relação a isso, tem que ser reforçado por que eles precisam realizar essas ações, porque é um dever dele e o Hospital Padre Máximo é um instrumento. A gestão do Hospital Padre Máximo, por uma questão até de respeito, tem que ser respeitada, o Hospital Padre Máximo tem um gestor, tem uma direção clínica, tem uma direção técnica, tem uma direção administrativa, tem um conselho gestor e a prefeitura não tem o direito de interferir, eu como secretário nunca interferi nesse processo. Mas a gente precisa nesse ano de dois mil e quinze formalizar algumas coisas, o que é necessário para o município, o que é necessário para a região, porque ele está enquadrado como o hospital regional, ele atende uma região e o estado precisa enxergar ou dar uma alternativa e falar: eu não quero que o Hospital Padre Máximo. Então, você constrói um hospital aqui. Não estou falando de quem vai executar, mas as ações têm que ser executadas. É importante saber qual é a pretensão que o estado tem, não para o Hospital Padre Máximo, mas para a atenção de média e alta complexidade da região serrana toda, o que se ele me der alguma alternativa, se ele der alguma alternativa para o cidadão vendanovense e que seja viável, eu aceito. O problema é que eles não estão assinando com isso. Por exemplo, o recurso que vem, Chico está acompanhando isso, é de duzentos mil reais de custeio por conta do governo estadual, mas com uma burocracia, uma dificuldade para o repasse, que está atrasando muito, tudo é muito complicado. Aí não estou falando de pessoalizar ninguém, estou falando que a máquina gestora do governo estadual do setor saúde é muito complicado de entender, até que desanima. Enfim, além disso, eu acredito que uma das coisas que seria bacana seria também que o próprio hospital pudesse apresentar tantas propostas quanto os resultados que ele tem tido, porque eles têm melhorado a qualidade. Com relação ao PA, como você falou, Francisco, tem dois fatores mesmo, tem um fator que eu não chamaria de vício, chamaria de hábito, que é aquele hábito da comunidade, mas nós também temos uma estrutura na atenção básica que realmente não dá conta das necessidades do nosso usuário, porque o sistema é pensado pelo governo federal e não pelo município. Se a Dilma me desse o dinheiro na mão, que ela me dá hoje, eu faria diferente. O sistema não foi pensado ouvindo o usuário, foi pensado ouvindo os técnicos, só que quem está na fila ou o usuário, não é o técnico. Tem uma outra questão que é de remuneração. Você não pode, por exemplo, outro dia alguém me perguntou: não vem para Venda Nova? Eu falei: coloco valor que ela colocou para o Mais Médicos para o nosso profissional, que eu vou te mostrar se não vem. A questão é que as pessoas também querem progredir, querem andar e não só do ponto de vista financeiro, elas querem ver as ações delas resultando em alguma coisa. Então, tem uma satisfação pessoal e fazer aquilo que está dando resultado, que é o que eu acabei de dizer para vocês. O Everaldo brincou comigo, mas não estou ganhando menos, estou ganhando a metade do que eu ganhava antes. Não sou herói, isso também não é para sempre, é uma contribuição teve de dá. Lógico que isso tem valor também, você aprende muita coisa, você vivencia muita coisa, isso também é bacana, mas arranca os cabelos também. Então, é experiência de vida e isso é bacana. Acho que responde todas as perguntas. Outra coisa que eu queria pedir ao legislativo, não entendo nada do que vocês falaram a respeito desse projeto que foi votado, não foi votado, estou alheio a isso, só quero fazer um contexto. Vocês todos são cidadãos vendanovenses. Não existe essa história de nós e eles, todo mundo é cidadão vendanovense, todo mundo querendo ver o bem do município. Então, congregar as idéias, discutir as idéias, é lógico que cada um tem o ponto de vista, mas lembrando sempre o seguinte, todos são vendanovenses. Vocês estão no legislativo, o executivo está no executivo. Eu sou médico, estou gestor, mas vou morrer médico. Então, o que se deixa de legado para a geração, para o município. Isso que é importante. É o que você vai deixar para seus filhos, netos e para você mesmo. Então, quando a gente começa a pensar como cidadão e quando você constrói conjuntamente, você dá muito mais valor daquilo. Gostaria de deixar essa mensagem, porque tem umas coisas que são meio X-Man, nós somos os mutantes, mas não é assim. Todo mundo é vendanovense e tem que trabalhar em conjunto, mesmo com pontos de vistas diferente. Não sei se falei de tudo, se ficou alguma coisa sem responder, mas é isso que eu queria falar. Agradeço mais uma vez pelo espaço, peço desculpas porque de alonguei um pouco, mas precisava falar isso. Obrigado a todos. Boa noite.” 

Data de Publicação: terça-feira, 04 de novembro de 2014

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