"Senhor Presidente, Marco Antônio Grillo,
demais membros que compõem esta direção desta Casa, vereadores, público
presente, em especial a direção do hospital, Ademar Falqueto, que faz parte do
conselho. Senhor Presidente, venho aqui hoje falar de algumas situações do
hospital e gostaria de aproveitar a oportunidade, para as pessoas que houve
através do rádio, para falar sobre a estrutura que o hospital tem o hoje, por
que pelo tamanho do hospital as pessoas não têm noção da dimensão do que é
atender a quantidade de pessoas que atende. Então, gostaria de começar falando
de Hospital Padre Máximo é um hospital privado e filantrópico, com o convênio
com o SUS e que tem uma diretoria e o conselho da administração que é eleito de
dois em dois anos, com uma eleição direta de todos são voluntários. Fazendo
parte desta estrutura, mas temos administradora gerente-geral, Eunice Caliman,
temos um diretor técnico, que é o doutor Deméris e a enfermeira chefe, Marli
Zandonade. Toda a parte técnica e médica, a responsabilidade é do diretor
técnico e toda a parte que é a parte de enfermagem de rua a responsabilidade é
da Marli Zandonade. Então, gostaria de falar a esses vereadores e quem está
ouvindo que o hospital hoje tem oitenta e oito funcionários e vinte e dois
médicos que fazem parte do corpo clínico do hospital. Sempre vimos lutando para
melhorar a qualidade e uma dificuldade muito grande que temos é encontrar
profissionais para prestar o serviço ao hospital. Hoje gostaria de dizer que
como a situação do doutor Orlando, nosso Vice-Prefeito, não pode mais prestar
serviço ao hospital, temos uma dificuldade muito grande em ter um cirurgião. Só
para ter uma idéia, na semana passada, um funcionário da Prefeitura, por causa
de uma apendicite, precisou ser transferido para Vitória por não ter um
cirurgião. Então, como município de Venda Nova se sobressair na mídia, é triste
e vermos que não tem um cirurgião para fazer uma cirurgia de apendicite, que é
uma coisa simples de ser feita. Então, precisaríamos ter essa sensibilidade
para resolver esse problema, pois está chegando verão e tem muito acidente na
rodovia. Tem alguns momentos que tem que fazer algum dreno ou algo assim, para
depois transferir, e se não tiver um profissional para fazer os primeiros
socorros, essa pessoa poderá falecer. Então, não aconteceu e não tem acontecido
isso, mas é uma preocupação que temos hoje, como administrador do hospital. Também
gostaria de falar que no mês de outubro de dois mil e nove, tivemos uma despesa
de trezentos e oito mil e quatrocentos reais e tivemos uma receita de duzentos
e oitenta e dois mil reais. Então, gostaria de dizer que tivemos com uma ajuda,
além da subvenção que recebíamos de cinquenta e cinco mil reais, a Prefeitura,
através da Câmara de Vereadores, foi feito um projeto de lei que foi repassado
duzentos mil reais e esse dinheiro foi para complementar a folha de pagamento
de décimo terceiro dos funcionários. Então, hoje podemos falar que foi aprovada
por esta Casa a subvenção para dois mil e dez e também é contratualização, que
estava em torno de sessenta a sessenta e sete mil reais, em dois mil e nove, e
o faturamento que é feito mês a mês, estava em torno de setenta e cinco a
oitenta mil reais, ou seja, o hospital estava pagando aquelas pessoas que ficam
internadas, que fazem cirurgias ou que ganham crianças e os exames. Então, o
hospital está tendo uma despesa em torno de vinte a vinte e seis mil reais
todos os meses, pagando do bolso o que é por isso que o dinheiro não está
dando, porque a demanda está sendo muito grande. Gostaria de aproveitar a
oportunidade para dizer que foi votado dentro do PPA que a partir de janeiro de
dois mil e dez, a subvenção, graças à votação da Câmara, passou para seis mil
reais. Conversando com a Secretária de Saúde, Leiliane, ela disse que há
contratualização também dará uma melhorada, mas essa melhora vem através de
serviço Hospital Padre Máximo bem prestando aos usuários no nosso município e
municípios vizinhos. Gostaria de falar a respeito do nosso pronto-socorro. As
pessoas procuram o hospital para fazer consultas e o nosso hospital é de
urgência e emergência. Então, tenho reparado, tenho ido ao hospital de manhã e
à noite, chegamos lá, conversamos com as pessoas para saber o que está
acontecendo e muitas vezes a pessoa responde o seguinte: "Eu saí e meu
filho estava passando mal. Fui trabalhar, voltei e ele continua passando
mal". Onde vai parar? Vai parar na porta do hospital, mas durante o dia
todo tinha o posto de saúde e poderia ter levado lá. Isso porque muitas vezes,
o médico está ali porque tem várias pessoas internadas, tem gestantes para
ganhar neném e esse plantonista vai atender a essas pessoas que estão internadas
e que vão precisar ganhar neném, aí a pessoa chega ao pronto-socorro, não é
atendida na hora e começa a reclamação. Reclama com os vereadores, reclama com
o prefeito que até eu recebo ligações perguntando que está acontecendo e por
que não está atendendo. As pessoas também têm que saber como usar o
pronto-socorro, porque o profissional que está ali é para urgência e
emergência. Às vezes, as pessoas esperam dois a três dias e aí sim vira
urgência, mas se tivesse procurado o posto de saúde na hora certa e no momento
certo, não iria existir essa demanda que temos de consultas no pronto-socorro.
Então, como administrador, pedimos encarecidamente que as pessoas utilizem o
pronto-socorro, mas se tiver condições de tempo para ir ao posto de saúde, com
certeza, também irá resolver o problema. Também gostaria de falar que no mês de
outubro hospital atendeu, na portaria do SUS, mil quatrocentos e trinta e nove
pessoas pelo SUS e mais oitocentos e treze pessoas particulares. Número de
internações no SUS foi de cento e sessenta e duas e quarenta e duas
particulares. No mês de outubro, sessenta e duas crianças nasceram no Hospital
Padre Máximo. Em média, duas crianças por dia nasceram no Hospital Padre
Máximo. Então, gostaria de falar também que hoje temos serviços de imagem,
raio-x e ultrassom. Esses profissionais trabalham de segunda a sexta-feira. No
mês de outubro atendemos setecentos e dez exames. Foram doze mil e duzentas
consultas, duzentos e quatro internações, sessenta e quatro crianças que
nasceram de setecentos e dez exames. Então, é um volume considerável para o
hospital de Venda Nova. Gostaria de dizer aos senhores que temos esses dois
profissionais, que estão trabalhando no serviço de imagem, que são pessoas de
alta qualificação. Gostaria de dizer que o doutor Ulysses, é formado pela
universidade federal de Niterói, no estado do Rio, ele fez especialização de
radiologia e diagnóstico por imagem no hospital naval Marcílio Dias, da marinha
do Rio de Janeiro e ele tem sub-especialização em ressonância magnética. Ele
presta serviço ao no Hospital Padre Máximo. Temos também o doutor Fabrício, que
é morador de Venda Nova, saiu do estado de São Paulo e veio morar aqui na
primeira vez que veio, porque gostou da cidade. Então, tivemos o privilégio de
que esse rapaz é membro ativo do colégio brasileiro de radiologista. Então, é
um cidadão que hoje podemos falar que, em matéria de o ultrassom e raio-x,
todos os exames que se pede, são feitos no Hospital Padre Máximo hoje. Podemos
falar que temos qualidade desses exames, que a região já está sabendo já está
tendo uma agenda muito carregada desses exames. Gostaria de dizer também que em
setembro, tivemos trinta e um acidentes atendidos no Hospital Padre Máximo e
desses trinta e um acidentes, dezenove foram de automóveis e doze de
motocicletas, vinte e seis do sexo masculino e onze do sexo feminino. Então,
como é a nossa região e como temos que ter a nossa preocupação de ter o
hospital funcionando. Funcionando está, mas a questão do cirurgião é importante
porque a qualquer momento você não sabe o que vai acontecer e precisamos dessas
pessoas. Também quero dizer que a partir de janeiro o tomógrafo também vai
funcionar e quem vai operar esse aparelho, são esses dois profissionais que já
trabalham aqui. Gostaria de falar desses atendimentos que foram feitos, de mil
quatrocentos e trinta e nove vírgula um mil e três foram de Venda Nova e o
restante foi de Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição, Domingos Martins, Muniz
Freire e também de outros estados e outros municípios, porque a rodovia corta
Venda Nova e a pessoa que vem de viagem, se sente mal e o Hospital Padre Máximo
vai atender. Não podemos fechar as portas. As questões maiores, os pacientes do
pronto-socorro, são um desses municípios vizinhos. Também gostaria de comentar sobre
a questão da ambulância do Hospital Padre Máximo. O serviço do hospital a
receber o cidadão, mas a ambulância do hospital está fazendo um trabalho de
recolher acidente e, às vezes, até briga de bêbado na rua. Quando precisam
ligam para o hospital porque de um acidente de bicicleta, porque brigou e liga
para ir buscar. Então, só para ter uma idéia sobre ambulância, teve um acidente
do Nilo Ébani, ligaram para o Hospital Padre Máximo sair daqui e ir lá buscar.
Então, pergunto, é função do hospital fazer esse transporte? Felizmente, nossos
motoristas são todos treinados e tem curso para fazer a remoção, resgatar esse
cidadão. Então, você vai à estrada de Afonso Cláudio e a mesma história. Se
acontecer um acidente Lajinha, o hospital vai buscar. Traz para o hospital, é
emergência, o cidadão não tem dinheiro e a UTI transfere para a Vitória. Aí vai
médico, vai enfermeiro, vai motorista. Então, até pensamos no seguinte, quem
quiser montar uma empresa de ambulância para prestar serviço, porque do jeito
que vai, as nossas despesas, porque têm manutenção, tem motorista, tem custo de
viagem, tem diária de motorista, diária de enfermeira e de médico. Dessas
viagens, a maioria é de pessoas humildes e não vamos deixar morrer na porta do
hospital, vamos fazer o transporte e vamos fazer de tudo para ver se a família
tem condição de ajudar. Um médico recebe para fazer uma viagem daqui a Vitória
trezentos reais. Se não pagar, o médico não vai e se o hospital não mandar ele
será negligente. A nossa ambulância não vai só para Vitória. Ligamos para a
central de vagas e se eles disserem que tem vaga em Colatina, em
Santa Teresa, tem que ir e não tem hora. Esses dias, uma
funcionária do Glicério, brinquei com ela de manhã no hospital, uma pessoa de
vinte e poucos anos que enfartou e foi para São José dos Calçados, porque lá
tinha vaga. Então, saiu daqui a ambulância UTI, médico, e foram parar em
São José dos Calçados. Por isso que, quando nós viemos para
reivindicar uma situação melhor, não é que estamos querendo sobrar dinheiro, temos
preocupação de dar uma qualidade aos nossos usuários. No ano de dois mil e
oito, tivemos uma situação diferente, que foi a situação do DPVAT. Só para ter
uma idéia, o hospital tinha uma receita em torno de cento e dez mil reais por
ano daquele seguro DPVAT, que era o seguro obrigatório de veículos. O cidadão
chegava lá, com acidente de moto e com o seguro da moto eu poderia tratá-lo com
melhor qualidade e depois recebia do seguro. O governo federal baixou uma
portaria proibindo os hospitais de utilizar esse recurso. Então, tínhamos feito
uma conta com esse dinheiro para quando chegasse ao final do ano pagar o
décimo-terceiro. Então, quando acabou com esses recursos a situação do hospital
ficou complicada. Também gostaria de falar sobre a informatização do hospital.
Não vou entrar muito em detalhes, mas gostaria de falar a respeito da
informatização, a importância dos controles internos para o hospital, o que vai
ser de utilização, porque hoje temos um controle sobre o que sai da farmácia, o
que sai de medicamento, que usa pelo SUS ou particular. É como um cidadão que
vai ao hotel e quando sai pede para fechar a conta, ou seja, tem uma conta no
final. No nosso caso nós cobramos do SUS, através da Secretaria de Saúde.
Então, respeito da informatização, gostaria de dizer que aqueles equipamentos
têm três anos de garantia de que o software tem um ano de licença e o custo
alto disso é porque hoje você compra muito computadores piratas e os softwares
são todos com as licenças pagas e hoje podemos falar, para quem entende, que
cada servidor tem quatro HD's com quinhentos "gigas". São
equipamentos que o hospital pode trabalhar até dez ou doze anos sem precisar
mexer nesses equipamentos. Então, gostaria de deixar bem claro para quem está
ouvindo e a vocês, que a situação da informatização é uma coisa que foi
importantíssima para o hospital e aceitamos porque queremos ver Venda Nova
sobressair na comercial, na área política, na área do agroturismo e através
dessa informatização temos projetos futuros para Venda Nova. No dia da
inauguração do sistema de informatização tivemos uma arquiteta hospitalar, que
estava presente e ficou dois dias fazendo levantamentos da área que o hospital
tem, da estrutura que já tem, para fazer ampliações. Venda Nova será referência
como hospital regional, para maternidade responsável, para cirurgias eletivas,
trauma e cardiologia. Então, os municípios que serão atendidos no hospital
serão Domingos Martins, Marechal Floriano, Afonso Cláudio, Conceição do
Castelo, Brejetuba, Ibatiba e Venda Nova do Imigrante. Com essa informatização
estamos preparando hospital para absorver essa mão-de-obra e essa mão-de-obra,
para o município, é importante, porque vem profissionais, vem mão-de-obra, bem
serviço, o comércio ganha de todo mundo acaba ganhando. Se não pegamos, os
outros municípios vão abraçar essas questões. Gostaria de dizer também que o
custo disso é o governo do estado que vai bancar. A arquiteta hospitalar mais
uma outra equipe vai voltar em
Venda Nova, a partir da segunda quinzena de janeiro, para
diagnosticar, fazer os levantamentos, para ver o que precisa. Acho que neste
momento teremos a oportunidade de discutir e falar mais para os senhores e com
a Prefeitura, porque o hospital só assim não vai conseguir ir a lugar nenhum.
Precisamos de parcerias. Estou hoje como Presidente, mas quando estiver essa
estrutura toda pronta, creio que não serei mais Presidente, mas como estamos no
cargo de presidente, temos que tocar esses projetos adiante porque vai ser bom
para Venda Nova. Uma coisa que também gostaria de falar é que aqueles
quinhentos mil reais que o Anselmo Tosi prometeu, o projeto está pronto, já foi
enviado e esse dinheiro, a qualquer momento, vai chegar às contas do hospital
para que possamos usar para comprar medicamentos, para pagar energia, material
hospitalar e a subvenção poderá sobrar alguma coisa para que possamos reformar
hospital e fazer algumas substituições, por exemplo. Então, meus caros
vereadores, gostaria de dar uma pincelada no que quer dizer maternidade
responsável e qual a estrutura traçada para atender essa região. Só para ter
uma idéia dessa estrutura são quatorze obstetras, sete pediatras, sete
anestesistas, sete enfermeiras e vinte e oito técnicos de enfermagem. O projeto
disso tudo é uma situação que esses municípios não são obrigados a participar
desse processo, eles terão que ter essa estrutura no município deles. Lá foi
feito o seguinte comentário: "Será que compensa manter obstetra, pediatra,
anestesista, para nascer uma criança ou duas por semana?". Então, em dois
mil e oito o índice de mortalidade infantil era muito alto e o Governo do
Estado está sendo pressionado, juntamente com a Secretaria de Saúde, que a ONU
tem constatado que fazem pré-natal tudo certo, mas depois que nasce é que tem
complicações e estão morrendo crianças depois que nascem. Então, se tem essa
estrutura não vai acontecer esses problemas. Então, senhores, gostaria da
oportunidade para fazer alguns agradecimentos, lógico que o hospital quero
agradecer ao Prefeito Municipal, a Câmara de Vereadores, porque tem atendido ao
nosso chamado, o Governo do Estado, através do Secretário de Saúde, a esse
suporte que vai chegar e as voluntárias do Hospital Padre Máximo e o Instituto
Jutta Batista, pois precisamos de algum material ou algum equipamento, as voluntárias
estão sempre prontas a ajudar. Também não podemos esquecer da AFEPOL, que todo
ano faço um repasse ao hospital e esse dinheiro também importante, ao Sicoob
Venda Nova que nos ajuda, ao UNIMED Sul Capixaba e também podemos falar que
temos doadores e quero dizer que o pão que é consumido é doado, o hortfruit é
doado, o cidadão que produz, na maioria do Caxixe, chegam a entregam seus
produtos, o pó de café é doado, o ovo é doado, combustível, temos uma cota de
combustível que a família lá dá cento e cinquenta litros por mês. Então, quero
agradecer dez pessoas e também os doadores anônimos, que, às vezes, chegam lá e
fazem doações de cem reais, de cinquenta reais. Então, quero agradecer aos
funcionários, aos médicos do hospital. Estamos acabando o ano de dois mil e
nove e vamos entrar em dois mil e dez e esperamos que em dois mil e dez com o
aumento da subvenção, poderemos fazer um trabalho melhor e atender melhor a que
o usuário que mais necessita, que são as pessoas mais humildes. Então, os
agradecimentos a esta Casa e também a todas as pessoas que estamos ouvindo e
esperamos que dois mil e dez seja um ano de muito êxito de saúde boa para todos
os munícipes de Venda Nova. Obrigado".
Data de Publicação: terça-feira, 01 de dezembro de 2009