"Boa
noite senhor Presidente, boa noite vereadores, público presente, ouvintes da
rádio e internautas que acompanham a sessão. Vou falar um pouco sobre a
barragem, aproveitando o gancho na fala do Vereador Fernando Altoé sobre a
sinalização da barragem. Existe uma condicionante da licença de operação dela
que é a sinalização em torno da barragem, sobre o risco de se utilizar a água.
Além de tudo será dada continuidade ao trabalho de educação ambiental feito lá
durante a implantação. Temos até o mês de junho para concluir o novo cronograma
de execução do plano de educação ambiental no em torno da barragem. Falando um
pouco mais da barragem, quem já esteve lá observou que o local foi muito
valorizado no ponto de vista cênico. Realmente a barragem chama a atenção, mas
temos que lembrar da finalidade dela, que é o abastecimento urbano,
abastecimento público do município. Ela tem um atrativo turístico, ela tem essa
beleza cênica, mas o fundamental é preservar a finalidade dela. Se quisermos
ter água de qualidade, teremos que ter em quantidade e essa quantidade só vai
se dar em função da preservação das áreas de recarga, das nascentes e de toda a
micro bacia. É um trabalho que terá que ser executado a longo prazo, visto que
o mais importante nessa situação será o trabalho de educação ambiental. Podemos
tentar coibir através de fiscalização, de uma forma um pouco mais rígida em
determinadas situações, mas a educação é fundamental. Além disso, estamos
elaborando um plano de uso e conservação do em torno da barragem. Esse plano dá
essas diretrizes. Também não podemos simplesmente proibir a ocupação do solo ou
a exploração econômica da área, porque isso é um benefício, está no tripé da
sustentabilidade, parte econômica também é importante. Isso tudo tem que estar
muito bem explícito nesse plano que vai ser elaborado e possivelmente será
submetido à apreciação do público, porque é importante ter esse respaldo
popular também. Ainda temos algumas condicionantes de operação a serem
cumpridas e por isso algumas pessoas vão lá e vão questionar alguns pontos,
como o controle do processo erosivo, as áreas de empréstimo para fazer a
elevação do greio das estradas que serão revejetadas, ou seja, ainda temos
algumas ações a serem realizadas na barragem. A obra do barramento está pronta,
a lagoa está cheia, porque tivemos a licença de operação para isso, mas ainda
existem algumas adequações a serem feitas e serão feitas e providenciadas, até
porque temos prazo para isso que o Iema nos deu. Já adiantamos algumas
conversas com a Cesan, porque é quem vai operar o abastecimento da barragem de
fato, já fizemos uma reunião com a Cesan e uma outra reunião com o Iema, para
acabar de acertar alguns detalhes, mas já está tudo bem encaminhado para
acertar aquela operação e os detalhes da obra física. Outro assunto importante
é a questão da municipalização da gestão ambiental para Venda Nova. Para quem
não está por dentro do assunto, é trazermos a capacidade do município de
licenciar os empreendimentos que estão no território do município e de
fiscalizar. Isso se dá através de uma resolução do Conselho Estadual de Meio
Ambiente e para isso temos que cumprir algumas determinações, ter o código, ter
o conselho de meio ambiente, ter estrutura técnica e física para atuar. O fundo
faz parte de um instrumento da política municipal de meio ambiente também,
inclusive já estamos preparando uma minuta de lei para encaminhar à Câmara para
criar esse Fundo Municipal de Meio Ambiente que vai ser uma ferramenta para
nós. Já tivemos o código aprovado, já temos a nossa diretriz municipal de lei
de política ambiental, os cargos também já foram aprovados para contratarmos
para estruturar a secretaria, o conselho também, a parte legal já está feita, e
já começamos a mobilizar e convocar os interessados a ocuparem os cargos, é bem
provável que antes de finalizar esse primeiro semestre já consigamos convocar a
primeira a reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente e estamos em fase de
conclusão da sede definitiva da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que será
na antiga Incubadora, onde será a sede da Secretaria de Agricultura, do
Incaper, do Idaf e do Ministério da Agricultura também. Está tudo encaminhando
para montar o processo e submeter à apreciação e deliberação do conselho e assim
que fizer, teremos mais pernas e braços para atender o município. Hoje a
Secretaria de Meio Ambiente é composta basicamente pelo secretário e um
gerente, que na verdade, o secretário também é engenheiro e o gerente também é
biólogo. Fazemos o papel técnico e administrativo também. Por isso, temos tanto
limitação e buscamos atender da melhor maneira possível a comunidade e as
deliberações. Mesmo com essas limitações técnicas o Iema já nos compete muita
coisa, justamente já confiando no nosso trabalho e já sabe que já manifestamos
o interesse público, já assinamos alguns
termos de compromisso com o Iema para a municipalização da gestão. Em breve
estaremos com esse processo encaminhado e ainda este ano conseguiremos a deliberação
do conselho para começar a licenciar as atividades do município, para dar mais
agilidade nos processos. Quando falo no município, não é da Prefeitura em si,
são os empresários e produtores rurais do município. Outro assunto importante é
o nosso plano municipal de gestão de resíduos sólidos urbanos, que é uma
determinação da política estadual de resíduos sólidos, ou seja, todos os
municípios têm que fazer esse plano, é lei. Posso falar com bastante
propriedade que Venda Nova é um dos primeiros a elaborar esse plano. Já estamos
em fase de conclusão dele, alguns vereadores já participaram de algumas
discussões, de algumas reuniões, esse plano será submetido à apreciação
popular, depois será encaminhado em forma de projeto de lei para a Câmara
votar. Nele iremos traçar todas as diretrizes da política municipal de resíduos
sólidos urbanos. Inclusive terá essa reunião que foi lida no expediente da
Câmara na Vila da Mata, que foi escolhida para o projeto piloto da coleta
seletiva do município. Será agora na segunda-feira, de trezentas às dezenove
horas. Já mobilizamos os líderes da comunidade, alguns representantes de
entidades que são chave para o sucesso do projeto e vamos também rodar uma
propaganda de áudio para que todos os moradores possam participar e contribuir
com esta proposta que na verdade é uma forma de enriquecer a idéia e trabalhar
junto, porque por ser um projeto piloto temos o direito de errar, mas não
muito. Queremos que o projeto seja o ideal para multiplicar no restante do
município. Ainda falando do nosso plano municipal de gestão de resíduos
sólidos, na semana passada tivemos dois momentos no município interessantes. Na
quinta-feira a equipe do Iema responsável pela parte de resíduos sólidos
urbanos esteve no município e os acompanhamos em vistoria no município em
diversos pontos, ou seja, foram observados, até por uma forma de enriquecer
esse trabalho de gestão, todos os pontos onde foram lixões no município, que já
estão desativados, fomos na área de transbordo, rodamos alguns locais no
município onde são mais problemáticos com relação à destinação final de
resíduos e eles pediram alguns documentos que comprovam a nossa destinação dos
resíduos. Eles elogiaram bastante o nosso sistema de gestão implantado hoje,
que desde a parte de resíduos sólidos urbanos, o lixo comum, até o classe um
hospitalar que tem uma cota diferenciada. Ainda temos o que acertar, com
relação ao nosso transbordo faremos as obras de estruturas adequadas, do jeito
que for preconizado por lei e por determinação do Iema. Eles ficaram bastante
satisfeitos inclusive com nosso sistema de gestão que é referência. Temos
alguns problemas dos chamados pontos viciados de despejo de resíduos. Em alguns
locais do município as pessoas criaram o hábito de jogar o lixo lá na hora que
quiser, do jeito que quiser e quando quiser e acha que o entulho é qualquer
coisa e na verdade não é. Existe uma classificação, uma norma brasileira que
determina o que é resíduo de construção civil, chamado entulho. Em alguns
pontos estava ocorrendo esse tipo de despejo. Nada muito grave, mas temos que
corrigir e trabalhar principalmente em comunicação com a sociedade que é a mais
interessada no assunto, visto que isso prejudica o meio ambiente e até a parte
cênica do local. Na sexta-feira recebemos uma visita da polícia militar
ambiental também, que vieram ao município atender algumas denúncias, inclusive
relativas a essas questões dos resíduos sólidos. Acompanhamos a equipe em
diversos pontos do município, explicando, dando todo o fundamento técnico e as
explicações pertinentes, não foi concluído o parecer final deles, mas tudo
indica também que não terá problema algum. Além das denúncias relativas a parte
de resíduos, tivemos algumas denúncias relativas a assuntos como abertura de
estradas, algumas situações de despejo irregular de solo em algumas áreas de
APP. Acompanhamos a polícia ambiental e eles ficaram até surpresos com o tipo
de denúncia, que na verdade existem coisas técnicas e coisas legais. O correto
é o técnico ser alinhado e adequado ao aspecto legal, o que é lei e temos que
cumprir, mas algumas questões técnicas são mais fundamentadas e mais bem
respaldadas, por questões técnicas mesmo, por conhecimento específico de causa.
Então, em algumas determinadas situações eles foram para constatar a para fazer
o relatório, mas não tem um fundamento técnico, o porquê da denúncia. Acho que
é direito de todos denunciar, não tenho dúvida disso, acho que tem que buscar
mesmo, se sentir lesado é dever e obrigação de denunciar, está até no código de
meio ambiente, é dever de todos denunciar, mas existem situações que um
respaldo técnico se enquadraria melhor. Na secretaria de Meio Ambiente, apesar
da estrutura humilde, do corpo técnico bem pequeno, procuramos atender e temos
como dar um respaldo técnico em determinadas situações. Essa visita da polícia
militar na sexta-feira foi justamente isso, às vezes, uma falta de comunicação
que gerou todo um processo. E isso para nós não é problema, atende-los da
melhor maneira possível, mas podemos cortar caminhos e facilitar o trabalho do
agente. Podemos oferecer subsídios técnicos e eles vivem só quando for uma
coisa específica, pontual, uma agressão mesmo constatada, como já ocorreu no
município em diversas ocasiões. Acho que se quisermos trabalhar de forma séria,
de forma coerente, podemos fazer um trabalho mais curto, cortar caminho,
solicitar as informações, e se forem atendidas ou se der o respaldo que
precisa, ótimo, já morre o assunto, se não, encaminhe a polícia ambiental ou ao
órgão ambiental competente. Colocamos novamente à disposição a estrutura da
Secretaria para esses atendimentos, para esses esclarecimentos, às vezes,
precisamos buscar auxílio externo justamente pela nossa limitação técnica, mas
na medida do possível e dentro do que for sempre solicitado vamos procurar
atender da melhor maneira possível, inclusive trabalhando em conjunto com os
órgãos ambientais competentes para a fiscalização, que hoje são a polícia
militar ambiental e o Iema, como sempre o fazemos. Senhor presidente é só isso
e me coloco à disposição para qualquer eventual pergunta. Obrigado".
Data de Publicação: terça-feira, 27 de abril de 2010